Desporto
Adeptos e membros dos No Name Boys e da Juve Leo são ser ouvidos esta semana
Vinte e oito “simpatizantes, adeptos e membros de claques” de futebol do Benfica e do Sporting hoje detidos no âmbito de uma operação que investiga confrontos ocorridos junto aos dois estádios lisboetas vão ser ouvidos na quinta-feira, segundo a PSP.
Em declarações aos jornalistas, o comissário responsável pela operação, André Teixeira, avançou que “27 detenções resultaram de mandados de detenção e uma ocorreu em flagrante delito, por posse de uma arma de fogo”. Um anterior balanço do representante dava conta de 27 detidos no total.
De acordo com o responsável, são todos “jovens e homens”. Estão em causa “membros [de claques], simpatizantes e adeptos do Sporting e do Benfica, inclusive membros da Juve Leo e dos No Name Boys”, que “ocultavam a própria identidade e, através de violência, afirmavam-se nas claques”.
Os detidos já se encontram na esquadra da PSP de Benfica, indicou.
André Teixeira explicou também que as detenções de hoje têm a ver com “dois crimes distintos” ocorridos em abril do ano passado junto aos complexos desportivos do Sport Lisboa e Benfica (SLB) e do Sporting Clube de Portugal (SCP) e cuja investigação levou à operação “de grande envergadura” na área da Grande Lisboa e na margem sul do Tejo.
Em causa, segundo o responsável, estão crimes de “roubo, de participação em rixa, ofensas à integridade física agravadas, inclusive a agentes da polícia”.
Apesar de não descrever em concreto as duas situações ocorridas em abril passado, André Teixeira adiantou que ambas aconteceram “no final ou antes do jogo, nunca durante o mesmo”, e nas imediações dos estádios de futebol dos dois clubes lisboetas.
O responsável escusou-se a revelar se os detidos têm antecedentes criminais, adiantando não ter informação específica sobre o assunto de momento.
Segundo André Teixeira, a investigação desenvolveu-se desde abril, tendo a autoridade policial “recolhido indícios fortes” por forma a executar os mandados de detenção.
Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa explicou que a Divisão de Investigação Criminal “está a dar cumprimento a 29 mandados de detenção emitidos por autoridade judiciária, bem como a 30 mandados de buscas domiciliárias”.
No inquérito que deu origem a esta ação são investigadas “situações de agressões, entre grupos de adeptos e contra a polícia, crimes de roubo, dano qualificado e participação em rixa”, acrescentou a PSP.
Segundo o comissário, foram já apreendidos na operação – que começou pelas 07:00 e ainda decorria às 11:00 – duas armas de fogo, drogas, artefactos pirotécnicos e armas brancas.
De acordo com a força de segurança, a operação incide sobre o movimento “Casual” em Portugal, “ligado ao fenómeno desportivo”.
Na operação estão empenhadas dezenas de operacionais ligados à investigação criminal, apoiados pela componente da polícia técnica e outras valências da PSP de ordem pública.
Na área de competência da Guarda Nacional Republicana a operação desenvolve-se também com o apoio desta força de segurança, refere o comunicado.
Atualmente, o Benfica não reconhece claques desportivas, enquanto o Sporting legitimou as claques Juventude Leonina e Brigada Ultras Sporting, com as quais tem um protocolo em que estas são obrigadas a “promover e incentivar o espírito ético e desportivo junto dos seus membros e dos demais associados”.
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