Desporto

Adeptos de Futebol questionam se Pirotecnia na Assembleia, Não é Crime?

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 10-03-2014

Protesto3 (1)

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A Comissão Organizadora da Futura Associação de Adeptos de Portugal (COFAAP) emitiu um comunicado onde informa que “este fim-de-semana ficou marcado pela exibição da  frase “Pirotecnia na Assembleia, Não é Crime?”  por grupos de adeptos, em diversos estádios nacionais.

Segundo a COFAAP, de Norte a Sul, na Primeira Liga ou nos escalões secundários vários foram os Grupos que, cansados da forma repressiva e abusiva como são tratados, decidiram assim demonstrar o seu protesto contra esta dualidade de critérios, no julgamento de situações idênticas.

A estrutura defensora dos interesses dos amantes do desporto-rei  lembra que “qualquer adepto de futebol que seja detectado com um objecto pirotécnico dentro de um estádio de futebol, ou em qualquer manifestação associada a um evento desportivo, sendo detido pelas autoridades, é alvo de processo judicial, proibição de frequentar recintos desportivos e uma multa nunca inferior a 2000€ (Dois Mil Euros).”

Por isso, estranha  “que nesta mesma semana, todo o país ter tido a oportunidade de assistir à utilização desse mesmo tipo de material pirotécnico, por parte de quem normalmente, nos persegue e tenta dar cabo da vida pela utilização de tais artefactos para apenas e só se fazer a festa numa bancada de um qualquer estádio”.

“Persegue” porque vários tem sido os casos que chegam a tribunal e que acabam em condenação de pessoas inocentes, que não foram elas que usaram pirotecnia. São varias vezes “apontados” arbitrária e “aleatoriamente” para crimes alegadamente cometidos, onde a única prova é a palavra da policia contra a palavra do réu e das suas testemunhas, salienta a COFAAP

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“Dar cabo da vida” porque no estado social que Portugal atravessa, poucas são as pessoas com capacidade para pagar uma coima de Dois Mil Euros, sem que isso não os deixe numa posição financeira ainda mais fragilizada, lamenta a Comissão Organizadora da Futura Associação de Adeptos de Portugal.

A  entidade diz que não coloca em  “causa a legitimidade e o direito à manifestação das forças de ordem”. “O que pomos em causa são as leis repressivas e discriminatórias aplicadas a um cidadão quando veste a pele de adepto de Futebol”, referem.

A  Comissão Organizadora da Futura Associação de Adeptos de Portugal questiona “Como é possível numa democracia existir uma lei agravada para um possível crime se o mesmo for praticado associado ao desporto? Como é possível as sanções aplicadas serem por vezes superiores a qualquer sanção aplicada a nível de crimes financeiros e até a suspeitas de pedofilia”,

As acções deste fim de semana, foram imediatamente reprimidas, havendo carga policial em Braga, e proibição de entrada da frase em Vila do Conde, Estádio do Dragão, Estádio Da Luz, Setúbal e Paços de Ferreira, alem de outras situações de ameaças, perpetradas por quem nos deveria proteger, inadmissíveis numa sociedade livre onde supostamente impera a democracia, a liberdade de expressão e o direito à manifestação. De realçar que as frases não tinham nada de ilegal ou ofensivo, que levasse a que estas situações ocorressem, lamenta a COFAAP.

“Nas próximas jornadas, as retaliações serão inevitáveis. As habituais proibições de entrada de bandeiras e faixas nos Estádios. As perseguições pessoais, nas residências e nos locais de trabalho vão prosseguir. De qualquer das formas, esta forma de luta foi necessária e legitima, prova disso é a união de cores rivais em prol de um bem comum. Esta forma de luta foi, quem sabe, a primeira de muitas em prol de um futebol popular onde o desporto seja o mote principal, teme a COFAAP, que luta por um “Futebol popular…de volta às origens, contra a industrialização e a repressão no futebol”.

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