Coimbra
Académica quer contratar Carlos Pinto
Carlos Pinto poderá ser o sucessor de Quim Machado na Associação Académica de Coimbra.
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Recordamos que o treinador que contribuiu para o regresso do Santa Clara à Primeira Liga saiu do clube açoriano no final da época.
O técnico tem apenas nível o IV de treinador, o que o impede de ser responsável por qualquer clube da primeira divisão.
Se vier para a Académica, Carlos Pinto terá de encontrar “um adjunto” que aceite figurar na ficha técnica como “treinador oficial” ou então deverá obter o nível III para treinar o clube de Coimbra.
Carlos Pinto, 45 anos, foi treinador do Paços de Ferreira, Santa Clara, Chaves, Freamunde, Tondela e Tirsense.
As infracções têm sido recorrentes desde o início da época. Se é certo que o Santa Clara conseguiu alcançar um lugar na tabela classificativa que lhe permite o acesso à Primeira Liga, também é certo que, fora do campo e ao contrário de todos os demais clubes da Ledman LigaPro, não cumpriu as regras. E que saiu beneficiado por não as cumprir, frisava a AAC/OAF.
“Em primeiro lugar, e não pondo em causa a competência do treinador Carlos Pinto, a verdade é que, segundo o regulamento de competições, o referido treinador não tem as qualificações regulamentares necessárias para treinar na Segunda Liga”, lembrava a Académica.
Na exposição do departamento jurídico da AAC/OAF também se pode ler que “a partir de 1 de Fevereiro de 2018, o Santa Clara só contou com 4 jogadores sub-23 no seu plantel, infringindo o Regulamento de Competições.
No documento consta ainda que ” na nossa opinião, bem como na opinião de vários juristas consultados, incluindo alguns professores da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, o Regulamento disciplinar que pune esta infracção com as sanções de derrota e de subtracção de 2 a 5 pontos, e com sanção de multa”.
E quem conhece o futebol, quem joga, quem treina e quem dirige sabe que esta não é uma questão de somenos. Na verdade, nos jogos contra o União da Madeira e Varzim, o treinador Carlos Pinto em vez de seleccionar 6 jogadores para o banco de suplentes, pôde seleccionar 7. No jogo contra o Gil Vicente, pôde seleccionar 7 em vez de 5. Se tivesse de preterir um ou dois jogadores, de qual ou de quais abdicaria?, adianta a AAC/OAF na reclamação que enviou para a Liga Portuguesa de Futebol.
Por outro lado, as equipas adversárias, na convocatória, tiveram de preterir outros jogadores para incluírem o número mínimo de sub-23 na ficha de jogo, exercício que no jogo contra o Gil Vicente o treinador Carlos Pinto não teve de fazer e que, nos jogos contra o União da Madeira e Varzim, teve de fazer em menor medida.
A AAC acrescentava que “no dia 15 de Maio de 2018 faz 30 anos desde que a Académica foi prejudicada pela utilização irregular de um jogador, N’Dinga Mbote. Na altura inexistia fundamento legal para que a Federação Portuguesa de Futebol punisse o clube que utilizou o jogador com a conversão da vitória em derrota e perda de dois pontos”.
Acreditamos que ao fim de 30 anos a justiça evoluiu e que conduta do Santa Clara deve ser punida com derrota, subtracção de pontos e pena de multa. A não punição do Santa Clara com as sanções de derrota e subtracção de pontos será um sinal de que, afinal, em 30 anos, o regulamento disciplinar continua a não dar resposta adequada às infracções cometidas e que os prevaricadores podem sair impunes, e até beneficiados relativamente a 19 clubes, por não cumprirem os regulamentos, sublinhava a AAC/OAF.
A Académica confia que será feita justiça. Confiamos nos órgãos a quem compete decidir estas questões. Fazemos questão de lutar pela justiça no futebol português, como sempre fizemos, como sempre faremos. Faz parte do nosso ADN, conclui a AAC/OAF, que, ao que tudo indica, vai agora contratar Carlos Pinto, depois deste ter optado por sair do Santa Clara e após o clube de Coimbra ter perdido o segundo lugar para o Académico de Viseu, que, em ultima instância pode vir a beneficiar destas alegadas ilegalidades.
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