Desporto

Académica entre o Roxo e o Vermelho!

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 16-05-2018

O empréstimo de centenas de milhares de euros (mais juros e despesas) à Académica pelo construtor civil que também é o patrão de Pedro Roxo – que Notícias de Coimbra noticiou primeira mão – poderá ser renegociado para evitar a venda do pavilhão Jorge Anjinho dado de hipoteca ao construtor de Pombal.

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Porém, dada a proximidade entre Pedro Roxo e Eduardo Lopes (o Presidente da Académica tem vínculo laboral com o o grupo Júlio Lopes) o empréstimo ainda pode ser renegociado com o construtor civil para a próxima época. Se assim for, entrarão mais 600 mil euros nos cofres da AAC-OAF.

Questionamos vários membros dos órgãos sociais sobre o empréstimo do patrão do Presidente da Académica. Alegam desconhecer o negócio. Preferem não prestar declarações para “salvaguardar o bom nome da instituição”, mas os líderes da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal tiveram a gentileza de responder.

Sobre o empréstimo concedido à Académica por Eduardo Lopes (no valor global de 918 000 euros (600 000 + juros e encargos),  João Vasco Ribeiro afirma que “competirá à direção apresentar aos sócios em Assembleia Geral – o que certamente sucederá na reunião de aprovação do relatório e contas – as condições contratuais gerais do empréstimo contraído”.

Apesar do líder do órgão máximo da Briosa dar a entender que não está por dentro do negócio, NDC sabe que João Vasco Ribeiro tem conhecimento de tudo.Fez-se representar no negócio, que foi feito em Coimbra mas registado no Seixal (mera coincidência com a localização do centro de estágios do Benfica), conforme atesta o documento notarial onde se pode ler que nomeou seu procurador Afonso Pedrosa, advogado e vice-presidente da AAC/OAF.

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João Vasco Ribeiro salienta que a Assembleia Geral não tem que autorizar a direção a realizar empréstimos quando estes não se enquadrem nos termos da alínea f) do art.º 63.º dos Estatutos da AAC/OAF “.

f) Autorizar a Direcção a realizar empréstimos e outras operações de crédito, que, cumulativamente, tenham prazos de liquidação que ultrapassem o seu mandato e excedam em 10% o montante global do orçamento de despesa do ano anterior). 

João Vasco Ribeiro recorda que “a Assembleia Geral deliberou conceder autorização à direção para onerar bens imóveis nos termos da alínea g) do artigo 63º dos Estatutos da AAC/OAF”.

g) Decidir sobre a alienação ou oneração de bens imóveis e, bem assim, sobre a sua aquisição, desde que esta importe valor superior a 10% do orçamento da despesa do ano anterior”.

Acrescenta João Vasco Ribeiro que o Pavilhão Jorge Anjinho tem sido, ao longo dos tempos, alvo de diversas hipotecas”.

Alcídio Mateus Ferreira entendeu responder “que as questões suscitadas, relacionadas com a gestão financeira, são da competência estatutária da Direcção da AAC-OAF“.

Quaisquer esclarecimentos deverão ser solicitados directamente à Direcção, acrescenta o Presidente do Conselho Fiscal da AAC/OAF.

A Direção, recordamos, tem optado não esclarecer este negócio entre “empregado e patrão”, como também se tem recusado a dar pormenores sobre o contrato celebrado com a AAC relativo ao arrendamento do pavilhão Jorge Anjinho.

 

 

A Académica prepara-se para começar já a atacar a subida à Primeira Divisão na próxima época.

A venda de Chiquinho por 600 mil euros ao Benfica (notícia do Record) em Março e os direitos televisivos da próxima época (600 mil euros) deverão assegurar parte do financiamento do futebol e a contratação de novos jogadores.

Apesar de Pedro Roxo ter afirmado na apresentação de Quim Machado que o contrato com o treinador é de “um ano e 3 meses”, não foi divulgado se este continuará a treinar a equipa depois de ter falhado a subida de divisão.

Entretanto, Vítor Oliveira, de saída do Portimonense, está outra vez entre os preferidos dos adeptos e dirigentes.

Segundo a imprensa local próxima da Briosa ainda têm contrato com a Académica cerca de 12 jogadores, entre os quais Toze Marreco, Traquina e Yuri, podendo ainda vir a renovar o central Zé Castro. Trata-se de jogadores associados ao empresário Nuno Patrão, amigo e conselheiro de Pedro Roxo.

NDC sabe que uma dezena de novos jogadores estão na mira para serem contratados, mas desta feita apenas por uma época, para não onerarem o clube para além do último ano de mandato da actual direcção.

Notícia em desenvolvimento

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