Coimbra
Académica com orçamento de 1,7 milhões de euros para a nova temporada
Os sócios da Académica aprovaram hoje, em Assembleia Geral, o orçamento da sociedade desportiva unipessoal por quotas (SDUQ) no valor de 1,7 milhões de euros e a prorrogação do pagamento de um empréstimo de 600 mil euros concedido pelo patrão do presidente da direção do clube e gerente da sociedade desportiva.
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O orçamento para a época 2018/19, bastante idêntico ao da época passada, foi aprovado por maioria, com 50 votos a favor e nove abstenções.
A SDUQ da Académica prevê um total de custos de 1,691.500 milhões de euros e receitas de 1,730 milhões.
De acordo com o documento aprovado, a publicidade e os direitos televisivos contribuem em mais de 50 por cento (1,050 milhões de euros) para o total dos proveitos.
Do lado da despesa, os gastos com pessoal absorvem 1,252 milhões de euros, mais de dois terços do orçamento, o que foi considerado exagerado.
A meia centena de sócios das Briosa aprovou ainda a ratificação e reestruturação de um empréstimo de 600 mil euros contraído em 2017 a um particular (nunca foi referido o nome da pessoa) e a prorrogação do pagamento por mais um ano, de 2019 para 2020, o que poderá fazer com que o mesmo venha a ser pago pela próxima direção.
Recordamos que é a primeira vez que a Académica fala deste negócio com o “particualar” (descoberto por uma investigação Notícias de Coimbra), que tem como protagonistas são Eduardo Ferreira Lopes, líder do grupo Júlio Lopes, entidade patronal de Pedro Roxo, Presidente da Académica.
O presidente da Académica anunciou ainda que o clube está a negociar com a banca um empréstimo de médio/longo prazo na ordem dos dois milhões de euros, que permita pagar o empréstimo a Eduardo Lopes, reforçar a tesouraria e adquirir a antiga sede dos Arcos nos Arcos do Jardim, mas não conseguiu apresentar uma proposta aos sócios.
Sócios como Carlos Clemente, Joaquim Reis, Jorge Martins e Nuno Oliveira questionaram a forma atabalhoada como estes pontos da ordem de trabalhos foram apresentados aos sócios.
É notório que a Académica atravessa uma profunda crise financeira e desportiva, que se vem agudizando com a queda para para a segunda divisão.
Pedro Ferrão recordou que o problema da Académica é estrutural. Nuno Oliveira frisou que este é um momento particularmente delicado e que não passa cheques em branco. Jorge Martins teme que estes empréstimos de milhões corram mal. Pedro Roxo admitiu “que falhámos, por por pouco, mas falhámos”.
Nesta reunião magna do maior clube de Coimbra, que durou 130 minutos, ninguém falou sobre o acordo celebrado entre a AAC/OAF e a AAC para o arrendamento do Pavilhão Jorge Anjinho, um negócio mantido em segredo pelos 2 contraentes.
3 dos 7 elementos que integram Direcção da Académica não estiveram presentes nesta Assembleia Geral liderada por João Vasco Ribeiro.
As “despesas” de apresentação dos orçamentos e dos empréstimos ficaram a cargo de Pedro Roxo e Pedro Ferrão, que tiveram a companhia de Miguel Correia e José Coroa, registando-se as ausências dos vice-presidentes Américo Santos, Gustavo Mota e Afonso Pedrosa.
Foi ainda dada uma informação dobre o processo de remuneração de sócios, constatando-se que a AAC/OAF não terá mais do que 6138 associados com as quotas pagas até 2015.
Momentos antes, foi anunciado que a Académica espera facturar 300 000 euros em quotas, mas que na última época não foi além dos 260 000 euros.
Veja tudo no vídeo do Directo NDC:
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