Coimbra
Academia Portuguesa da História distingue produções historiográficas
Os historiadores Cristina Costa Gomes e José Boléo-Tomé, que partilham o Prémio Fundação Calouste Gulbenkian-História da Presença Portuguesa no Mundo, estão entre os dez distinguidos pela Academia Portuguesa da História (APH).
A APH entrega os prémios para investigação em diferentes áreas da historiografia, quarta-feira à tarde, na sessão de encerramento do ano académico, na sua sede, no Palácio dos Lilases, ao Lumiar, em Lisboa.
O Prémio Fundação Calouste Gulbenkian distingue obras em três áreas dos estudos históricos; História Moderna e Contemporânea de Portugal, História da Presença de Portugal no Mundo e História da Europa. O prémio de cada categoria tem o valor pecuniário de dois mil euros.
Em História Moderna e Contemporânea de Portugal, a obra vencedora é “As missões laicas em África durante a 1.ª República em Portugal”, de Pedro Vaz Pereira.
Em História da Europa o distinguido é Manuel Cadafaz de Matos, pela obra “Estudos Erasmianos (1987-2012). O influxo do erasmismo em Portugal no século XVI”, uma edição Távola.
Cristina Costa Gomes e José Boléo-Tomé, que partilham o Prémio Fundação Calouste Gulbenkian-História da Presença Portuguesa no Mundo, pelas obras, respetivamente, “Diogo de Sá no Renascimento Português”, editada pela Universidade de Lisboa, e “Um olhar para Portugal no mundo – Uma forma diferente de relação humana”, publicada pelas edições Colibri.
Na área da história medieval é distinguida com o Prémio Laranjo Coelho a obra “Subsídios Históricos, Cernache do Bonjardim”, de Joaquim Candeias Silva, editado pela Junta de Freguesia de Cernache. Este prémio, no valor de 750 euros, é atribuído pela Academia a partir do legado deixado por este historiador.
Um outro galardão será entregue pela viúva do investigador Pedro Cunha Serra, que ostenta o nome, distinguindo uma obra nas áreas da onomástica, antroponímia ou arabismo, no valor de mil euros. O premiado é Joaquim Correia Duarte, pela obra “História da Igreja de Lamego”, editado este ano pela diocese de Lamego.
O Prémio Joaquim Veríssimo Serrão, no valor de 2.500 euros, patrocinado pela Fundação Eugénio de Almeida, é entregue a Laurinda Abreu pela obra “Pina Manique. Um reformador no Portugal das Luzes”, editado pela Gradiva.
A historiadora Maria José Ferro Tavares recebe o Prémio Lusitânia, no valor de 2.000 euros, pela obra “Fernando e Leonor. Um reinado (mal)dito”. No ano passado, a biografia da Rainha D. Leonor Teles valeu o Prémio Lusitânia a Isabel Pina Valeiras.
O Prémio 3.º Marquês de São Payo, no valor de 1.500 euros, entregue pela condessa de São Payo, Madalena Gama Caeiro, distingue a obra de Maria Helena da Cruz Coelho, “O município de Coimbra. Monumentos fundacionais”, editada pela edilidade local.
O Prémio 8.º Conde dos Arcos-Vice-Rei do Brasil, no valor de 950 euros, que distingue uma obra na área dos estudos da história luso-brasileira é entregue a Francisco Contente Domingues pela obra “Travessia do mar Oceano. A viagem de Duarte Pacheco Pereira ao Brasil em 1498”, editado pela Tribuna da História.
Na cerimónia, além da entrega dos galardões, está prevista a realização de uma conferência pelo catedrático Nereu do Vale Pereira, “figura maior de Santa Catarina, indissociavelmente ligado à valorização do significado da colónia açoriana no povoamento deste Estado brasileiro”, disse à Lusa a presidente da APH, Manuela Mendonça.
A APH foi fundada no dia 08 de dezembro de 1720, pelo Rei D. João V.
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