Cerca de duas centenas de estudantes da Universidade de Coimbra (UC) decidiram, durante a Assembleia Magna realizada na noite de quarta-feira, dia 26, novas reivindicações nos campos da investigação científica e dos cortes no Ensino Superior previstos no Orçamento do Estado. O Dia do Estudante, a 24 de março, será lembrado com um Mural de Reivindicações com o contributo de todos os estudantes que pretendam exprimir as suas reivindicações e problemas.
Na luta contra os cortes no Financiamento das Instituições do Ensino Superior, os estudantes querem promover uma convergência do movimento associativo nacional com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos para a realização de uma iniciativa política nacional. Esta ação de convergência vai ser uma prioridade dos dirigentes a começar imediatamente.
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Em relação à investigação científica, a Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) irá agendar uma reunião com o Núcleo de Bolseiros da investigação da ABIC em Coimbra e também o Vice-Reitor da UC responsável por este pelouro de modo a fazer um levantamento das preocupações e reivindicações relativas ao 3º ciclo de estudos e investigação científica em geral. Posteriormente, em sede de Encontro Nacional de Direções Associativas (ENDA), irá fazer uso da sua influência para destacar o tema na agenda do movimento associativo nacional. Por fim, e ainda relacionado com a investigação científica, a DG/AAC irá mover esforços, antes do próximo concurso para bolsas a abrir antes do verão, no sentido de concretizar uma mudança de rumo na política em prática por este governo, aumentando orçamento, número de bolsas e critérios de atribuição.
Os estudantes reunidos na Assembleia Magna também decidiram que a DG/AAC irá preparar para o próximo ENDA um plano de ação que permita materializar uma proposta de agenda de luta que exija ao governo a reposição dos valores cortados no Orçamento do Estado.
No imediato, a AAC irá entrar em processo de discussão com a Reitoria da UC pela suspensão das dívidas de propina dos seus estudantes, referentes a anos anteriores, e pela promoção da aproximação entre alunos, docentes e reitores das universidades portugueses, através da realização de reuniões conjuntas no sentido de fortalecer uma luta que é de todos – em nome da democracia e pelo ensino superior público.
A discussão sobre a praxe seguiu-se às decisões reivindicativas, conduzindo a um acordo geral de que o que aconteceu no Meco não é praxe. Coimbra tem uma tradição própria e os princípios associados à praxe em nada se relacionam com humilhações ou perjúrios à integridade física e mental dos estudantes do 1º ano. A receção aos alunos do 1º ano continuará a ser um ponto importante de integração e os núcleos e DG irão continuar a trabalhar para o melhorar.
A ordem de trabalhos continha os pontos de informações, análise da situação política e ações a desenvolver, a praxe académica e outros assuntos.
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