Desporto
Academia de Coimbra adia entrega de petição para alterar lei do arrendamento
A Associação Académica de Coimbra adiou a entrega da petição para um regime de exceção à lei do arrendamento para as Repúblicas, prevista para hoje, não tendo conseguido ainda as quatro mil assinaturas requeridas.
A Associação Académica de Coimbra (AAC) justificou o adiamento por a entrega “colidir” com as eleições para os órgãos da academia, que decorrem entre hoje e terça-feira, e pela recetividade de “muitas pessoas” para assinarem a petição.
A atualização das rendas, possibilitada pela nova lei do arrendamento, já levou ao encerramento de uma das Repúblicas de Estudantes, havendo o receio, manifestado em outubro num comunicado do Conselho de Repúblicas, de que outras possam ter o mesmo caminho.
“Não foi possível atingir ainda as quatro mil assinaturas”, informou o presidente da AAC, Ricardo Morgado, avançando que, até “ao final da semana”, contam ter todas as assinaturas, estando o processo “em fase de conclusão”.
Como razões para o adiamento, Ricardo Morgado apontou para “as eleições para a AAC terem sido marcadas para hoje e terça-feira”, data deliberada em assembleia magna posterior à da decisão da entrega da petição, dificultando “a recolha de assinaturas por o processo eleitoral envolver muitos estudantes”.
Para além da “colisão de datas”, Ricardo Morgado lembrou que “os estragos feitos na República 5 de Outubro [residência que fechou no dia 1 de novembro]” vieram “prejudicar a imagem das repúblicas, o que joga contra o interesse da AAC e das repúblicas”.
O proprietário do imóvel onde estava a República 5 de Outubro, recentemente extinta, em Coimbra, acusou os antigos inquilinos de destruírem o apartamento, em danos avaliados “em mais de 50.000 euros”.
“Foi um caso que se quer acreditar que é uma exceção infeliz”, frisou o presidente da AAC, referindo que “nem toda a gente foi recetiva à petição depois dos acontecimentos na República 5 de Outubro”.
Ricardo Morgado salientou ainda que “continua a ser prioridade da AAC que as Repúblicas sejam protegidas”, querendo também “envolver diretamente as instituições da cidade, como a Câmara de Coimbra e a universidade”.
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