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Abelhas de 7 autarquias da Região de Coimbra têm “comida garantida” todo o ano
A criação de campos de alimentação “não só para abelhas mas para todas as espécies polinizadoras” é o principal objetivo do Bee Food. Um projeto piloto da Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra, em parceria com a Universidade de Coimbra, e que será implementado até final do ano em 7 municípios da região.
Para além dos campos de alimento, o Bee Food permitirá reduzir a área de regeneração natural que tem sido tomada pelos eucaliptos e a recuperação das áreas que estão sob o domínio de espécies exóticas invasoras.
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Na apresentação, feita esta quarta-feira 3 de abril em Serpins (Lousã), foi garantida o aumento da biodiversidade e a transformação da paisagem de forma a reduzir a biomassa florestal.
Carregue na galeria sobre a apresentação do projeto Bee Food
Para tal, serão introduzidas em 11 parcelas de terreno de sete concelhos espécies como medronheiro, sobreiro, pinheiro manso, salgueiro, amieiro, sabugueiro ou castanheiro.
O objetivo, como explicou ao Notícias de Coimbra o investigador Nuno Capela, é garantir que as espécies polinizadoras, como são as abelhas, possam dispor de “comida” para todo o ano.
“Como é óbvio, existem períodos com maior capacidade polinizadora, como é a Primavera, mas queremos apostar em espécies com florações anuais que permitam alimentar as abelhas melíferas”, disse.
Veja o Direto Notícias de Coimbra com Nuno Capela
Do lado da CIM Região de Coimbra, o presidente Emílio Torrão reconheceu que este projeto “é mais do que uma simples intervenção ambiental”. No seu entender, o Bee Food pretende passar a mensagem da importância “da preservação da biodiversidade e promoção da sustentabilidade ambiental”.
O autarca afirmou que esta “não é uma intervenção isolada, mas sim a continuidade dos investimentos como o combate à vespa velutina (asiática) e que tem provocado grandes perdas aos apicultores da região.
Veja o Direto Notícias de Coimbra com Emílio Torrão
O projeto BeeFood significa um investimento total de 63 mil euros , dos quais 50.000 serão financiados pelo Fundo Ambiental. Até ao final do ano, serão contemplados os municípios da Lousã, Mealhada, Mira, Miranda do Corvo, Penacova, Pampilhosa da Serra e Soure.
Como município anfitrião da sessão, o presidente da câmara da Lousã, Luís Antunes, reconheceu que este projeto permitirá “robustecer e potenciar a marca forte do concelho que é o mel de Denominação de Origem Protegida (DOP) Serra da Lousã”.
Veja o Direto Notícias de Coimbra com a apresentação do projeto
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