AAC e AAC/OAF fazem “negócio secreto” impulsionado pela Câmara de Coimbra

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 13-04-2018

Os dirigentes academistas envolvidos no processo de arrendamento do Pavilhão Jorge Anjinho continuam a manter segredo sobre os valores da transacção entre o Organismo Autónomo de Futebol e a “Casa Mãe”.

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A Associação Académica de Coimbra e a Associação Académica de Coimbra/Organismo Autónomo de Futebol apresentaram hoje, dia 13 de abril, “o projecto Pavilhão Eng. Jorge Anjinho – Casa Académica do Desporto”.A apresentação pública,  com a presença do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Carlos Cidade, do Presidente da Direcção Geral da AAC, Alexandre Amado, e do Presidente da Direcção da AAC/OAF, Pedro Dias Roxo, decorreu na sede da Associação Académica de Coimbra, na Rua Padre António Vieira.

Os líderes das académicas confirmaram o que já se sabia: A AAC vai tomar conta do Pavilhão Jorge Anjinho, que pertence à AAC/OAF.

Alexandre Amado, Presidente da Direcão Geral da Associação Académica de Coimbra e Pedro Roxo, Presidente da Associação Académica de Coimbra – Organismo Autónomo de Futebol continuam a ocultar o valo da transacção entre as duas instituição de utilidade pública, não divulgando o valor da renda mensal nem o valor que foi adiantado para garantir o pagamento das mesmas. 

Nos corredores da AAC na Padre António Vieira ouve-se que a “casa” vai “adiantou rendas” entre os 150 e os 200 000 euros à AAC/OAF ou à AAC/OAF, SDUQ.

Vários membros de diversas secções da “casa mãe” lamentaram a Notícias de Coimbra que a DG da AAC tenha dinheiro para umas coisas e não tenha para outras.

Hoje, apenas foi adiantado que o contrato de arrendamento é por 25 anos e que o  o projecto se designa “Pavilhão Eng. Jorge Anjinho – Casa Académica do Desporto”.

O interesse da DG/AAC será o de obter condições espaciais estáveis para possibilitar um desenvolvimento sólido do projeto desportivo da Académica nas varias modalidades.

Percebe-se que este negócio foi agilizado por causa da falta de espaços desportivos para a realização em Coimbra dos Jogos Europeus Universitários.

A AAC, que conta receber dinheiro da Câmara de Coimbra e do Instituto do Desporto e Juventude para fazer as obras mais do que necessárias no degradado pavilhão, nem sequer vai esperar pela aprovação dos seus projectos de financiamento para realizar os “consertos” necessários para o Jorge Anjinho receber os EUSA Games, pelo que irá recorrer a capitais próprios.

No último ano, a CMC atribuiu à AAC verbas no valor de 181 000,00 euros, sendo uma grande parte (144 000,00) destinadas à área do desporto académico.

Veja o vídeo do Directo NDC:

No final da apresentação, Alexandre Amado disse que a AAC se candidatou a um programa de financiamento do IDPJ e Carlos Cidade reafirmou que a CMC criar um Regulamento Municipal para reabilitação de infraestruturas desportivas, o que permitirá que a AAC/OAF ou a AAC, ao abrigo desse regulamento, obtenham uma verba destinada à reabilitação do Jorge Anjinho.

No momento, Pedro Roxo afirmou que este acordo com a AAC representa muito para a AAC/OAF, pois “o pavilhão está num estado de degradação elevado, isto vai permitir reabilitar o pavilhão”.

É uma reviravolta de 180 graus, para além do simbolismo. O pavilhão vai deixar de ser um encargo e vai passar a trazer rendimentos.  Isto vai permitir salvar o pavilhão, garante o líder da AAC/OAF e AAC/OAF, SDUQ.

Carlos Cidade, declarou que mais do que intermediário, do que um impulsionador, foi mais “um incentivador” do acordo entre o OAF e a Direcção Geral”.

Acrescentou que os serviços técnicos estão a finalizar Regulamento Municipal para Reabilitação de Infraestruturas Desportivas, que depois terá de ser aprovado pela AMC e CMC. Será tudo feito de forma transparente, garantiu.

Questionado sobre a hipótese de verbas dos EUSA Games poderem ser “aproveitadas” pela AAC para avançar com a reabilitação, Carlos Cidade respondeu que isso é possível, uma vez que os Jogos tem um orçamento que prevê  a reabilitação de infraestruturas.

Uma vez  que a AAC vai realizar obras antes de saber se conta com apoio público ou municipal, perguntamos ao Vice-Presidente da Câmara como é que a AAC obter dinheiro para o efeito, mas Carlos Cidade disse que a questão não devia ser colocada à CMC, mas aos intervenientes  no processo.

Alexandre Amado salientou que a AAC está a contar com o dinheiro do Programa de Reabilitação de Instalações Desportivas do Instituto Português do Desporto e Juventude para fazer obras de fundo. Para já, o que for feito, “será uma limpeza de fundo, algumas pequenas reabilitações, alguma maquilhagem”.

Justificando o investimento que não sabe ou não quer quantificar, o dirigente da AAC garantiu que  este acordo será muito útil para a valorização das secções desportivas, que na próxima época já poderão utilizar o pavilhão Jorge Anjinho.

Questionado sobre o facto do Pavilhão Jorge Anjinho estar hipotecado a diversas entidades, Alexandre Amado garantiu que “a AAC está salvaguardada nesse aspecto. Não há perigo!”, afiança.

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