Coimbra

AAC contra aumento de propina para estudantes estrangeiros

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 10-04-2014

 A Associação Académica de Coimbra (AAC) declara-se contra  a propina fixar aos Estudantes Internacionais , quer estatuariamente, quer por diversas falhas existentes no plano de Internacionalização apresentado pela Universidade de Coimbra. que recorde-se, foi aprovada na reunião plenária do Conselho Geral da Universidade de Coimbra (CGUC) do dia 24 de março de 2014.

A AAC aproveita proveita este momento para discutir um plano de Internacionalização que tenha em conta diversos fatores, considerando que “Existem diversos pontos positivos que derivam de um plano de Internacionalização, fundamental para a implementação de uma nova estratégia de globalização da UC, tais como a margem de progressão nesta área, a enorme vantagem pedagógica e cultural de receber os Estudantes Estrangeiros e a disponibilização de vagas essencialmente nas áreas em que existe capacidade de acolhimento disponível. No entanto, destacam-se neste plano vários pontos negativos, que acreditamos que colocarão em causa o projeto de globalização da UC, podendo ter consequências nefastas para os Estudantes e para a Instituição.”

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Neste sentido, a associação presidida por Ricardo Morgado quer que a UC apresente três projetos concretos até ao final do ano letivo: um pedagógico, um cultural e um administrativo. Acima de tudo, o objetivo passa por compreender qual será o acolhimento que os Estudantes Internacionais receberão.

Pretende ainda que a UC se coloque na linha da frente da defesa do Espaço Lusófono, criando desde já protocolos com os Países-membros, evitando-se crispações diplomáticas futuras que poderão colocar em causa o projeto de cooperação entre Países já existente.

Em paralelo com esta medida, no sentido de não se afastar qualquer Estudante meritório de ingressar na UC, a AAC reclama a  implementação de bolsas de mérito para os Estudantes com dificuldades de cobrirem as suas despesas é um bom passo para se evitar a elitização do Ensino Superior.

Por fim, “de forma a não prejudicar os atuais Estudantes na UC”, a AAC defende a implementação de mecanismos de controlo para a fixação das vagas em cada curso, devendo ser obrigatória a elaboração anual de um relatório em que conste a capacidade da Unidade Orgânica para receber Estudantes, a carga horária dos Docentes e a relação do número de Estudantes por cada Docente e elogia a decisão de não se abranger os Estudantes Internacionais que já se encontram na UC.

A AAC defende que “esta é uma situação delicada para as Instituições de Ensino Superiores, devido à decisão do Governo de retirar o financiamento às Instituições relativamente aos Estudantes Internacionais, obrigando de certa forma as mesmas a optarem por este rumo. Iniciativa condenável, que limita uma vez mais a autonomia das Instituições, que constitui a implementação de mais cortes e que promove a elaboração de projetos de Internacionalização repentinos e com falta de estruturação. Apelamos ao Governo, em concreto ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, que evite tensões diplomáticas entre os Países Lusófonos, para que a língua e a cultura Portuguesas possam ser uma vez mais o centro da união diplomática”.

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Nos dias de hoje, este é um tema que não deve ser descartado e que deve ser colocado como prioridade no seio do Ensino Superior. Um verdadeiro plano de globalização é algo rigoroso e de difícil concretização, mas com as condições certas Portugal poderá constituir um verdadeiro motor da Internacionalização, conclui a AAC.

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