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A UGT defendeu hoje que a banca retribua “os biliões de euros pagos pelos contribuintes” para o seu refinanciamento, apoiando “de forma célere” as empresas e as famílias face à crise gerada pela pandemia de covid-19
A UGT defendeu hoje que a banca retribua “os biliões de euros pagos pelos contribuintes” para o seu refinanciamento, apoiando “de forma célere” as empresas e as famílias face à crise gerada pela pandemia de covid-19.
“É tempo de a banca deixar de olhar apenas para si própria e para os seus lucros e distribuição de dividendos aos acionistas e cuidar dos vivos – empresas e famílias –, acelerando a concessão de crédito através de linhas que permitam combater o sufoco de milhares de micro empresas e PME [pequenas e médias empresas] e aplicando moratórias às famílias nas suas prestações de crédito à habitação, entre outros produtos que permitam à economia respirar e sobreviver”, sustenta a central sindical em comunicado.
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“E – acrescenta – se para pagar salários aos seus trabalhadores e ajudar a manter os seus postos de trabalho tiverem de ser concedidos créditos a fundo perdido, caberá ao Estado garantir esse financiamento”.
No dia em que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, se reúne com os presidentes dos cinco maiores bancos em Portugal para os alertar para a necessidade de apoiar a economia, a União Geral de Trabalhadores (UGT) diz ser “tempo de o humanismo se substituir à usura e ao lucro absoluto”.
“Na UGT estão filiados os maiores sindicatos portugueses do setor financeiro, que representam cerca 60.000 trabalhadores que sofreram restruturações, rescisões de contratos, não renovação de milhares de contratados a prazo, enfrentaram o desespero de depositantes enganados com as suas poupanças (BPN, BPP, BES) viram os seus salários reduzidos em prol da sustentabilidade da sua instituição empregadora (como foi o caso do BCP) e viram alterada a sua contratação coletiva, depois de um duro período negocial de cinco anos”, sustenta.
Segundo recorda a central sindical, tudo isto aconteceu “depois de duas décadas de milhares de milhões de lucros estratosféricos aos acionistas” e de “uma crise iniciada com desvarios de bancos e banqueiros, que reduziu em mais de 15.000 o número de trabalhadores do setor”, a que se juntaram “os biliões de euros pagos por todos os contribuintes portugueses com o colapso do BPN, BPP e BES”.
Manifestando o seu apoio à “sugestão do Presidente da República no esforço de apoio da banca às empresas e famílias”, a UGT salienta que “empresas e trabalhadores dependem uns dos outros para sobreviver” e deixa o aviso: “É agora que se vai aferir de que fibra são feitos os nossos banqueiros, quando toca a rebate no esforço de preservar a unidade nacional na resistência ao invasor biológico”.
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