Opinião

A Paz está no fim do túnel? 

OPINIÃO | Angel Machado | 22 minutos atrás em 18-01-2025

Muitos de nós sabemos que as crianças têm um poder incomensurável de perceção da realidade, enquanto o adulto, tem a prerrogativa do engano. Se conseguíssemos ultrapassar um dos maiores obstáculos da vida humana, a ignorância, estabeleceríamos um novo tempo sem a encriptação da paz.    

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Para validar o pensamento de paz é necessário o despojamento da vaidade, e o mais importante, a compreensão de que não somos eternos. O livro “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu, datado no século V a.C. é ambivalente e com a notável inteligência de sobrepor ao tema a transversalidade. Impactou gerações com o seu potencial estratégico, um exemplo: “a suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar”.

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O cessar-fogo, nada mais é que a “interrupção temporária das hostilidades”, remete-nos ao engano e deixa-nos céticos e indiferentes com a banalização da rotina diante das catástrofes – humana e climática – sem precedentes.    

A previsibilidade dos homens por detrás das guerras, os líderes aos quais um dia identificámo-nos pela honra, visão de mundo e o propósito agregador, atualmente, testemunhamos o fracasso desses “homens bons” ao tentarem impedir a extinção da espécie ou acabar com a guerra. 

As crianças aprendem o que os adultos lhes ensinam, mas, nem sempre somos bons professores. Essa época demonstra que o instinto primitivo pela sobrevivência é o que está a valer, e que as palavras não serão suficientes, os cessar-fogos, qualquer imagem imaculada ou crença, que, muitas vezes, impede de enxergar o outro como semelhante. 

Pela exaustão em fingir, pelas aparências retocadas pela corrupção, pelo medo de resistir sem força, uma palavra sóbria na realidade embriagada: eu desisto. 

OPINIÃO | ANGEL MACHADO – OPINIÃO

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