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Gosta de aventuras? Visite esta aldeia mágica (abandonada) a “uma horita” de Coimbra

Notícias de Coimbra | 2 horas atrás em 26-10-2024

Gosta de aventuras? Conhecer a aldeia de Drave revela-se uma experiência memorável, um destino perfeito para os amantes da Natureza. 

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As pessoas que querem conhecer Portugal têm muitos destinos maravilhosos para visitar. Alguns estão situados em locais que apresentam uma beleza natural deslumbrante. Não faltam lugares encantadores no nosso país para quem gosta de explorar a vasta riqueza da Mãe Natureza.

No entanto, há um destino que tende a deixar uma forte impressão nos visitantes. Trata-se de uma aldeia fascinante, Drave. Já ouviu falar nesta aldeia? Perceba por que razão é tão especial…

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Localização de Drave

A aldeia de Drave fica em Arouca, no distrito de Aveiro. Ela integra o popular Geoparque de Arouca, localizando-se entre a Serra da Freita, a Serra de São Macário e a Serra da Arada. 

Drave encontra-se num espaço onde só se chega a pé. Regoufe é a aldeia mais próxima. Fica a cerca de 4 km. É por aqui que muitas pessoas deixam o carro para, posteriormente, seguirem o seu percurso a pé. 

  • Coordenadas GPS de Drave: N 40º 52´48″ – W 8º 8´36″.
  • Morada: Drave, 4540-282, Covelo de Paivó, Aveiro, Arouca, Drave

A localização de Drave faz parte do seu encanto. A aldeia está relativamente próxima das antigas minas de volfrâmio. Além disso, está circundada por uma beleza natural difícil de superar.  

O cenário que envolve a aldeia é deslumbrante. Por isso, trata-se de um tesouro perfeito para os verdadeiros amantes da Natureza viverem momentos inesquecíveis. Visitar Drave representa uma experiência profundamente arrebatadora.

Qualidades de Drave

Esta aldeia parece mágica. Apesar de se tratar de uma aldeia abandonada, perdida no tempo, apresenta um encanto singular, algo único que a torna especial. Esta aldeia desabitada retrata a triste realidade de Portugal, tornando evidente os efeitos da progressiva desertificação dos meios rurais.

Drave faz-nos recordar que muitos aldeões realizaram uma fuga do seu ninho, abandonando a sua casa à procura de melhores condições de vida, em Portugal ou no estrangeiro. Esta realidade foi vivenciada em diversas aldeias portuguesas. 

A magia desta aldeia está no facto de proporcionar aos seus visitantes uma viagem que permite explorar a riqueza de outros tempos, além de conceder a oportunidade de nos conhecermos melhor a nós mesmos. 

Em Drave, encontramos o tempo, o espaço, o silêncio e uma beleza natural que promovem em nós uma maior disponibilidade para a reflexão. 

Condições de Drave

A aldeia está desabitada. Há mais de uma década que não vive ninguém em Drave. Não há eletricidade, nem água canalizada, nem há saneamento ou gás. Nesta aldeia, não há restaurantes, nem lojas, nem casas para alugar…

Quem visita este lugar insólito pode testemunhar como esta aldeia está parada no tempo. Os relógios que os visitantes levam consigo até deveriam parar sempre que alguém visita a aldeia. Não faz sentido o tempo passar em Drave, quando tudo está parado.

Trilhos

Por aqui, podemos encontrar um trilho (PR 14) que encantará todos os que são adeptos de caminhadas. O trilho não representa grande dificuldade. Ao longo do percurso, haverá uma altitude máxima de 720m e mínima de 600m. 

Este caminho permite a realização de um passeio em perfeita comunhão com a Natureza. Enquanto se caminha é possível testemunhar uma vasta riqueza. A beleza natural da zona e o seu incrível património deslumbram.

Como a aldeia não é acessível de carro, será necessário realizar este trilho para chegar a Drave. O percurso estende-se ao longo de 4km. A caminhada é iniciada na Capela de Regoufe que serve também como ponto de chegada.

Informações práticas sobre o trilho PR 14

  • Percurso: não circular.
  • Distância: 4 km (8 km ida e volta).
  • Tempo estimado: Percurso de 2 horas e com exposição solar elevada.
  • Dificuldade do trilho: Fácil/Moderada.
  • Local de Partida/Chegada: Capela de Regoufe.

Pode ficar a conhecer mais detalhes sobre o percurso, aqui.

Curiosidade histórica

A primeira referência a esta aldeia surge ainda no reinado de D. Dinis (1279 – 1325). A aldeia remonta ao século XIV. O documento mais antigo onde há uma referência a Drave é a Inquirição dos Reguengos da Beira. A aldeia surgiu e começou a ser habitada mais tarde.

Outra curiosidade histórica marcante para os habitantes da aldeia está ligada à instalação do telefone, que aconteceu apenas em 1993. 

Recuperação de Drave

Desde o ano de 1992 que este espaço tem beneficiado da intervenção do Centro Escutista. Foram realizadas várias ações nesta aldeia que permitiram reabilitar alguns edifícios. Drave tornou-se na Base Nacional da IV Secção do Corpo Nacional de Escutas. 

Esta secção foi a única em toda a  Península Ibérica a ser reconhecida com o selo  de excelência. Este feito aconteceu em 2012. 

A palavra SCENES é a sigla inglesa para Scout Centres of Excellence for Nature and Environment, o que pode ser traduzido como Centros Escutistas de Excelência para a Natureza e Ambiente. Há somente 13 centros escutistas no mundo com este selo de excelência. Por isso, trata-se de algo que merece ser valorizado. 

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