Economia

A Casa da Moeda parou. Trabalhadores querem mais “trocos” no salário

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 dia atrás em 31-03-2025

Mais de 50 trabalhadores da Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM) estiveram hoje em greve por melhores salários, concentrando-se à porta das instalações da Casa da Moeda, em Lisboa.

A paralisação foi convocada para os dias 31 de março e 01 de abril pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas (SITE CSRA) e os trabalhadores estarão em greve quatro horas por turno em todo o país.

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Em declarações à Lusa, o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, disse que “a empresa avançou com uma proposta de aumentos salariais de 38 euros” o que fica “muito aquém daquilo que é o caderno reivindicativo apresentado pelos trabalhadores”.

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“Os trabalhadores, aquilo que exigem é um aumento salarial de 15% no mínimo de 150 euros, que combata aquilo que é o aumento brutal de custo de vida” acrescentou.

Os trabalhadores da Casa da Moeda estiveram reunidos em plenário há cerca de um ano com as mesmas exigências, contudo, desde então as “evoluções que têm havido durante a negociação […] são avanços de dois euros, de um euro, de 50 cêntimos e nunca indo ao encontro daquilo que é a principal reivindicação dos trabalhadores”, afirmou o sindicalista.

Tiago Oliveira destaca ainda o papel do Governo, dizendo que nem este “cumpre com aquilo que ficou acordado no acordo de rendimentos e que estipula para o aumento do salário médio na ordem dos 4,7%”.

“Quem está a ser prejudicado na maioria são os trabalhadores, são os reformados, são os jovens que amanhã irão entrar para o mundo do trabalho e aquilo com que se deparam, é precariedade, desregulação dos horários de trabalho, salários baixos e um custo de vida cada vez mais impossível de acompanhar”, afirmou o secretário-geral da CGTP, em declarações à Lusa.

O dirigente referiu ainda a importância das eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, dizendo que é importante perceber o que é que cada partido pensa relativamente à “degradação do Serviço Nacional de Saúde e ao ataque que está em curso à Segurança Social”.

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