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Vírus “zombies”: Mundo pode enfrentar nova epidemia

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 11 meses atrás em 22-01-2024

Imagem: D.R.

A humanidade pode vir a enfrentar uma nova pandemia. O alerta é de cientistas, que garantem que vírus antigos que se encontram congelados na Sibéria podem vir a ser libertados devido às alterações climáticas.

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Podem causar emergências mundiais de saúde catastróficas, com doenças que não rondavam a Terra há milhares de anos.

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De acordo com “The Guardian“, vários cientistas têm investigado estas doenças protegidas pelo gelo siberiano para prevenção de possíveis pandemias.

“Os investigadores têm monitorizado o Ártico de forma a identificar sintomas de uma doença causada por microrganismos antigos, uma investigação e análise que tem permitido também fornecer tratamento médico às pessoas infetadas, na tentativa de minimizar ao máximo o surto e evitar que os doentes tenham de deixar a região”, pode ler-se na SIC Notícias.

Segundo Jean-Michel Claverie, um dos cientistas envolvidos no projeto, “as análises das ameaças pandémicas centram-se nas doenças que podem surgir nas nas regiões do sul e depois propagar-se para norte”. De acordo com o cientista, existem vírus com “potencial de infetar humanos e iniciar um novo surto de doença”.

Ainda não se sabe ao certo o vírus que pode haver no gelo, no entanto, segundo a virologista Marion Koopmans “existe um risco real de haver um capaz de desencadear um surto de doença – por exemplo, uma forma antiga de poliomielite. Temos de partir do princípio de que algo deste género pode acontecer”.

Em 2014, Jean-Michel Claverie já provou, em conjunto com outros cientistas, que vírus enterrados no subsolo durante milhares de anos na Sibéria ainda podem infetar organismos unicelulares, apesar de terem estado congelados .

Outras investigações, publicadas no ano passado, também revelaram a existência de várias estirpes virais diferentes, capazes de infetar células em cultura. Uma das amostras de vírus tinha 48.500 anos.

Segundo o investigador, seria possível deixar um iogurte no gelo da Sibéria e “ele ainda ser comestível 50 mil anos mais tarde”. Assim sendo, o mesmo pode acontecer com vírus presos a essa temperatura.

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