Os titulares das dioceses de Évora e Angra do Heroísmo avançaram com a suspensão preventiva de três sacerdotes tudo poucos dias depois de D. José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e de D. Manuel Clemente terem dito que seria difícil suspender padres no ativo suspeitos de abusos sexuais sobre menores.
D. Francisco Senra Coelho e D. Armando Esteves Domingues optaram por seguir as regras ditadas pelo Papa Francisco e não dar ouvidos à liderança episcopal nacional.
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Segundo informações recolhidas pelo Correio da Manhã, este género de suspensões preventivas vai ocorrer noutras dioceses, ultrapassando a dezena de padres. Em Évora, o arcebispo suspendeu um padre suspeito de abusos, na década de 1980, no antigo seminário menor de S. José, em Vila Viçosa. “É uma pessoa que tem presunção de inocência, mas não podemos, perante a acusação, manter esta pessoa ligada às suas funções”, disse D. Francisco. O caso já está no Vaticano e dentro de um mês e meio vai saber-se a sentença, que poderá, no limite, ser a suspensão do padre.
O prelado defende ainda que a Igreja deve pagar indemnizações às vítimas, se for condenada. “Se a Igreja, como instituição, tiver responsabilidades, claro que tem que indemnizar. Quanto? É o poder judicial que o diz”, sublinha.
Já nos Açores, a lista da comissão independente mencionava 7 sacerdotes e um leigo, porém, entretanto, três sacerdotes e o leigo já faleceram. Aqui, o bispo suspendeu mais dois padres, um na ilha de São Miguel e outro na ilha Terceira.
“A Igreja não pode sequer tentar esconder a tragédia dos abusos. Agiremos com tolerância zero para com os abusadores”, escreveu D. Armando Esteves Domingues.
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