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O maior desastre nuclear aconteceu há 37 anos. Roubou a vida a cerca de 90 mil pessoas

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 ano atrás em 26-04-2023

Foi a 26 de abril de 1986 na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) que um incêndio deflagrou no reator 4 da central nuclear de Chernobyl onde causou milhares de vítimas e obrigou à retirada dos habitantes da região. Até aos dias de hoje, não foram mensuráveis as consequências deste acidente sem precedentes. Foi o pior desastre nuclear de que há registo na História.

“Os números oficiais de mortos continuam a ser 31 – aqueles que morreram naquela noite, dois funcionários da central e bombeiros. Mas a nuvem radioativa que se espalhou foi contaminando uma grande parte da Europa de leste e central, tendo a Ucrânia, a Bielorússia e a Rússia sido os países mais fortemente atingidos. A radioatividade chegou a ser detetada na Irlanda”, afirma a SIC Notícias. Estimam-se que milhares tenham perdido avida em consequência da radiação, entre 4 mil e 90 mil.

Após a explosão, o reator 4 foi coberto um sarcófago temporário de betão que envolveu o reator 4 num primeiro momento onde foi construído à pressa como uma solução temporária, mas só 25 anos depois foi substituído por uma construção de aço mais resistente, projetada para durar 100 anos.

A evacuação da cidade de Pripyat e arredores só foi ordenada 36 horas depois. Cerca de 50 mil pessoas foram retiradas das quais 17 mil crianças, e transportadas em centenas de autocarros para uma zona segura. Tinha-lhes sido dito que a evacuação duraria apenas três dias, mas a maioria nunca mais voltou. Nas semanas e meses a seguir, mais 67 mil pessoas foram retiradas das áreas contaminadas. No total, estima-se que cerca de 200 mil pessoas tenham sido deslocadas sendo que foi determinada uma zona de exclusão de 2.600 km2, no entanto, estima-se que 130 a 150 pessoas vivam lá – muitas das quais ainda cultivam as terras de suas famílias.

A central nuclear de Chernobyl só foi definitivamente fechada em dezembro de 2000, ou seja, 14 anos após o acidente. 37 anos passaram, mas ainda não foi possível contabilizar as consequências reais do desastre.

Os danos causados pela explosão não foram logo visivies. Foram registadas altas taxas de cancro nas áreas vizinhas nos anos seguintes. O então presidente soviético Mikhail Gorbachev afirmou que foi o desastre de Chernobyl, mais do que qualquer outro fator, que causou a queda da União Soviética.

“O acidente causou uma nuvem composta de elementos radioativos e escapou do local nos dias seguintes, que, empurrada pelos ventos, contaminou grande parte da Europa. A maior parte da chuva radioativa caiu na Ucrânia, Bielorrússia e Rússia. Mais de 350.000 pessoas foram retiradas das imediações da central, mas cerca de 5,5 milhões permaneceram”, lê-se na publicação da SIC Notícias.

Veja a infografia da SIC Notícias:

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