Apesar de a água ser um dos produtos mais consumidos diariamente, poucos prestam atenção ao seu rótulo, ao contrário do que acontece com outros alimentos. A maioria dos consumidores foca-se na marca ou no preço, mas ignorar a informação que consta na embalagem pode comprometer escolhas mais saudáveis.
Especialistas alertam que, tal como qualquer outro alimento, também a água pode conter substâncias indesejadas, especialmente se for mal armazenada ou excessivamente mineralizada. Por isso, é essencial saber ler e interpretar corretamente o rótulo da água engarrafada.
Segundo Lorenzo Malara, CEO da Virtus Italia e especialista em purificação de água, há três indicadores-chave que devem ser avaliados:
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1. Condutividade elétrica: Este valor indica a capacidade da água conduzir eletricidade, o que está diretamente ligado à quantidade de minerais e impurezas presentes. Uma condutividade muito elevada pode significar uma água com excesso de substâncias dissolvidas — o que a torna menos indicada para consumo diário.
2. Resíduo fixo: Apresentado em miligramas por litro (mg/l), o resíduo fixo revela quantos sais minerais permanecem após a evaporação da água a 180 graus Celsius. Águas com um resíduo inferior a 80 mg/l são consideradas leves e mais apropriadas para uso diário. Já valores superiores a 500 mg/l indicam águas muito mineralizadas, cujo consumo prolongado pode não ser aconselhável.
3. Data de validade: A água, por si só, não se estraga. No entanto, a garrafa de plástico onde está acondicionada pode degradar-se ao longo do tempo, sobretudo se for exposta a calor ou luz solar. Esse processo pode libertar microplásticos ou compostos nocivos para a saúde. Por isso, respeitar o prazo de validade e as condições de armazenamento é fundamental, pode ler-se na Women’s Health.
Saber escolher a água que se bebe é mais do que uma questão de gosto. É uma decisão com impacto direto no bem-estar. Ler o rótulo é o primeiro passo.
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