O ministro da Administração Interna disse hoje que o combate ao incêndio de Monchique, que lavra há cinco dias, vai passar a ter um nível de coordenação nacional, na dependência direta do comandante nacional da Proteção Civil.
O anúncio de Eduardo Cabrita foi feito numa conferência de imprensa na Autoridade Naiconal de Proteção Civil (ANPC) na qual anunciou a concentração da estratégia de combate para o “nível Nacional de coordenação” sob a alçada do Comando Nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Admitindo que o combate ao incêndio “decorre em condições muito adversas”, o ministro enalteceu a “notável resposta” operacional, tanto em Monchique como em outros incêndios “de dimensão perigosa”, que deflagraram sábado na zona de Vale do Tejo e que “passaram rapidamente à fase de rescaldo”.
“Houve uma intervenção operacional muito significativa”, disse Eduardo Cabrita, recordando que desde o início do ano houve mais de sete mil fogos, todos sem vítimas, ressalvando, contudo, que, neste momento, “é tempo de combate e não de balanço”.
O Ministério Público (MP) e a Polícia Judiciária (PJ) estão a investigar o incêndio que deflagrou na sexta-feira no concelho de Monchique, distrito de Faro, disseram hoje à agência Lusa os dois organismos.
“O Ministério Público do DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Faro vai investigar os incêndios de Monchique, para determinar as suas causas e o seu eventual enquadramento legal”, refere a Procuradoria-Geral da República, numa resposta escrita.
Fonte oficial da PJ confirmou que a polícia “está a investigar” o incêndio, no âmbito desta investigação titulada pelo DIAP de Faro.