Coimbra

Não há fogo de artifício no dia em que Xutos & Pontapés encerram Expofacic

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 02-08-2018
Devido ao significativo agravamento do risco de incêndio florestal causado pelas temperaturas muito altas, o Governo colocou em situação de alerta todo o território continental, proibindo o lançamento de fogo-de-artifício.
Assim, a Comissão Executiva da Expofacic informa que se  vê “obrigada a anular o tradicional espetáculo pirotécnico previsto para o encerramento da edição 2018 da Feira-Festa de Cantanhede, após o final do concerto dos Xutos e Pontapés”.
De acordo com a decisão anunciada pelo Ministério da Administração Interna, no caso do fogo-de-artifício que costuma ser lançado durante as festas e romarias tradicionais desta altura do ano, é determinada a sua proibição total, mesmo nos casos em que já tinha sido emitida previamente uma autorização.
 
A Comissão Executiva da Expofacic aproveita a oportunidade para solicitar a compreensão de visitantes, expositores e patrocinadores para a decisão agora anunciada.
A decisão da Expofacic surge no dia em a Associação Portuguesa de Industriais de Pirotecnia e Explosivos (APIPE) manifestou “repúdio” pela decisão do Governo de proibir fogo-de-artifício até segunda-feira sem ser consultada ou informada do teor do despacho, classificando a medida de “indiscriminada”.

Recordamos que Governo declarou que entre hoje e a próxima segunda-feira, dia 06 de agosto, o país se encontraria em “situação de alerta” devido à previsão de calor extremo e agravamento do risco de incêndio florestal.

PUBLICIDADE

publicidade

No âmbito da “Declaração da Situação de Alerta”, prevista na Lei de Bases de Proteção Civil, o Governo determinou ainda algumas medidas de caráter excecional, como a dispensa do serviço de funcionários públicos que sejam também bombeiros ou lançamento de fogo-de-artifício ser proibido, mesmo nos casos em que tenha sido autorizado.

PUBLICIDADE

Em comunicado divulgado hoje, a APIPE manifesta o seu “repúdio e incompreensão pelo teor” da proibição de lançamento de fogo-de-artifício, bem como manifesta a sua “estranheza” facto de – enquanto maior e mais antiga associação empresarial do setor, que sempre pautou a sua conduta pela cooperação com as autoridades públicas – não ter sido consultada ou, sequer, informada do teor deste despacho, de que só tomou conhecimento pela comunicação social”.

A APIPE alega que as restrições ao lançamento de fogo-de-artifício são “altamente prejudiciais” para aquele setor, porque o verão é, “por excelência”, o período de maior atividade, e a medida é “a única fonte de rendimento, direta ou indireta, de mais de 12 mil pessoas que trabalham em pirotecnia”.

“Este despacho ministerial levou ao cancelamento de espetáculos em praias, rios, albufeiras de barragens e outros espaços aquáticos, cidades, recintos desportivos, interior de pavilhões, os quais, como é evidente, nunca poderiam causar qualquer perigo de incêndio florestal”.

A medida tomada pelo Governo, diz a APIPE, é “injusta e arbitrária”, porque deveria deixar às autoridades locais de Proteção Civil e de Bombeiros a “decisão de definir”, caso a caso, quais as situações que seriam ou não suscetíveis de fazer perigar a floresta e os espaços rurais”, lê-se num comunicado.

Aquela associação recorda que há 12 anos cooperou com o Governo na “produção de legislação” sobre aquela matéria, “aceitando a proibição do lançamento de foguetes no período de verão”, embora refira, por seu turno, que “compreende” e “aceita” que a necessidade de prevenção de fogos florestais leve à tomada de medidas pelas autoridades públicas tendentes ao combate aos incêndios.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a temperatura vai subir de forma acentuada em Portugal continental a partir de hoje, mantendo-se muito elevada até ao fim de semana, com os avisos laranja a passarem a vermelhos (o nível mais grave) a partir de quinta-feira e até às 05:59 de sábado.

Os distritos abrangidos pelo aviso vermelho por causa da persistência de valores elevados da temperatura máxima são Bragança, Évora, Guarda, Vila Real, Santarém, Beja, Castelo Branco, Portalegre e Guarda.

Related Images:

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE