A escola do 1.º ciclo do ensino básico (CEB) de Santa Cruz, edifício centenário no centro da cidade de Coimbra, vai receber obras de remodelação e ampliação que envolvem um investimento de 630 mil euros.
Além do investimento no imóvel, serão aplicados mais de 70 mil euros em mobiliário, material informático e outro equipamento, ascendendo o total da intervenção a 710 mil euros.
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A Câmara de Coimbra vai entregar hoje uma candidatura no âmbito do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), através do Programa Operacional Regional do Centro (Mais Centro), esperando uma comparticipação de fundos comunitários da ordem dos 447 mil euros, disse o presidente do município, Manuel Machado.
Durante a intervenção, que demorará nove meses, os cerca de cem alunos e professores do estabelecimento “continuarão as suas atividades letivas na escola Jaime Cortesão”, adiantou o presidente da Câmara de Coimbra, que falava aos jornalistas, hoje, ao final da manhã, pouco antes de assinar o auto de consignação das obras.
Os alunos da escola de Santa Cruz, deslocados, desde o início deste ano letivo, para aquele estabelecimento do ensino secundário, a algumas dezenas de metros de distância, deverão, assim, começar o próximo ano letivo na sua escola, então “profundamente remodelada”, disse o autarca.
As obras no edifício envolvem, designadamente, a criação de uma nova sala de aula (atualmente possui três salas), instalação de um elevador (para permitir o acesso de pessoas com mobilidade condicionada), eliminação dos desníveis dos pátios de recreio (por razões de funcionalidade e de segurança), impermeabilização da cobertura e renovação das infraestruturas elétricas, de abastecimento e de drenagem de águas e climatização.
A escola do 1.º CEB de Santa Cruz “já não recebia obras há duas décadas”, sublinhou Manuel Machado, referindo que o estabelecimento acumulava, por isso, “problemas como infiltrações de águas pluviais, caixilharias de madeira podres que provocavam desconforto térmico”, um recreio disfuncional e salas de aula “que se tornaram desconformes com as regras atuais”.
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A escola de Santa Cruz foi inaugurada em maio de 1910 e constitui a “ultima obra de relevo” da Monarquia na cidade de Coimbra e, “tudo indica, uma das últimas no país, que poucos meses depois assistia à implantação da República”.
Concebido pelo arquiteto Adães Bermudes, aquela escola é “um estabelecimento de inegável qualidade arquitetónica e um exemplar único no parque de escolas do município”, sobressaindo, na sua sumptuosidade, a portaria e frontão em calcário trabalhado, as portas altas em madeira maciça e os vidros gradeados”.
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