Coimbra
Jogos Europeus Universitários são “evento de teste” para Mundiais de canoagem em Montemor-o-Velho
O presidente da Federação Portuguesa de Canoagem (FPC), Vítor Félix, disse hoje que os Jogos Europeus Universitários, que tiveram a canoagem instalada em Montemor-o-Velho, são “um evento de teste” para os Mundiais da modalidade, em agosto.
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De 23 a 26 de agosto, o Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho recebe o campeonato de mundo de canoagem, um mês depois de, nos Jogos Europeus Universitários, a comitiva portuguesa ter conseguido um total de seis medalhas, todas por atletas da Universidade de Coimbra.
Destes, Francisca Laia ‘brilhou’ com três ouros, enquanto David Varela conseguiu dois ouros e uma prata e Bruno Afonso outra prata, sendo que o trio vai competir nos Mundiais pela seleção nacional, naquilo que são “resultados muito positivos”, avaliou à agência Lusa Vítor Félix, à margem do encerramento da canoagem, que se estreou em Jogos Europeus Universitários.
O dirigente fez ainda um balanço “muito positivo” da parceria com a Federação Académica do Desporto Universitário (FADU), a Universidade de Coimbra, a Associação Académica de Coimbra e a Câmara de Coimbra para a estreia da canoagem na quarta edição da prova.
“Uma das estratégias da FPC é a conciliação da carreira académica com desportiva, daí termos uma residência universitária aqui em Montemor, e estes três atletas são disso prova”, destacou.
O campeonato do mundo segue-se aos Jogos em Montemor-o-Velho e, além dos atletas que competiram na primeira competição como preparação à segunda, também a capacidade organizativa e de infraestruturas passou por um “evento de teste”.
“É um ‘test event’, apesar da nossa máquina organizativa estar já muito oleada, uma vez que desde 2012 temos organizado eventos de forma regular aqui em Montemor-o-Velho”, afirmou.
Vítor Félix deu ainda como “bom exemplo” a presença do campeão olímpico e mundial Tom Liebscher, atual detentor do título de K1 1.000 metros, que participou nos Jogos como forma de ficar a conhecer a pista, “o tipo de água e de vento, que pode ser determinante na prestação”.
“A pista tem esta particularidade de ter vento lateral de norte, por isso, a FPC e a Câmara de Montemor estão a construir uma barreira de vento lateral, para que possa proteger e para que haja justiça desportiva para todas as pistas”, comentou.
Segundo o dirigente, este será “o maior desafio de sempre da canoagem portuguesa”, que é conhecida “pelos resultados de excelência e organização de eventos”, com a “maturidade” a chegar com os Mundiais.
“Estão previstos cerca de 80 países, com 1.200 atletas, e chegaremos às 1.500 pessoas com o ‘staff’, o que é também um desafio do ponto de vista do alojamento. (…) A competitividade vai ser excelente”, atirou.
Se Fernando Pimenta, Joana Vasconcelos e Teresa Portela são alguns dos nomes portugueses que podem chegar às medalhas, outro dos destaques para Vítor Félix é a realização da paracanoagem em simultâneo com o resto das provas, o que é aguardado pela organização “com muita expetativa”.
“Parte da estrutura começa já a ser montada, já estão aqui algumas das infraestruturas para o próximo mês de agosto, e daí que esta prova serve como um ‘test event’ à nossa capacidade”, reforçou.
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