Coimbra

Médicos preocupados com unidades hospitalares da Região Centro

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 23-07-2018

 O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) mostrou-se hoje preocupado com a situação em que se encontram várias unidades hospitalares da Região Centro, de que é exemplo a de Cantanhede.

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O SIM refere que, no caso do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, de Cantanhede, “constata-se a grave carência de pessoal médico, nomeadamente nas unidades de cuidados paliativos agudos e de convalescença”.

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Neste âmbito, o secretariado regional do SIM Centro “alerta para a necessidade de contratação urgente de, pelo menos, dois clínicos, tendo em vista suprir as necessidades, de curto prazo”, que foram identificadas.

No que respeita às restantes valências do hospital de Cantanhede, o sindicato constatou “que o trabalho é, no essencial, assegurado por médicos sem vínculo à instituição, com gravosas implicações na situação presente e futura do hospital”.

Outro dos casos que está a preocupar o SIM “é a situação de acumulação, na ULS (Unidade Local de Saúde) de Castelo Branco, das funções de presidente do conselho de administração com as de diretor clínico, num claro atropelo à lei”.

Já no Centro Hospitalar Tondela-Viseu, “e graças aos esforços conjuntos do Secretariado Regional do SIM Centro e da Ordem dos Médicos, foi possível resolver a situação que motivou a apresentação de pedidos de demissão por parte das chefias médicas, face aos atropelos à autonomia técnica médica, por parte do conselho de administração e à ausência de diretora clínica”, que entretanto foi nomeada, acrescenta.

O SIM refere-se ainda à situação do Centro Hospitalar de Pombal-Leiria, que motiva “preocupação crescente pelos problemas relacionados com a insuficiência de recursos humanos médicos, face ao alargamento da sua área de influência”.

Os “problemas de organização e de condições do trabalho médico da maior entidade hospitalar da região e do país”, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, são outra das preocupações, porque, “tragicamente, espelham o desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) que se tem vindo a agravar nos últimos anos”, sublinha.

No entender do SIM, há um “manifesto desinvestimento no SNS, com repercussões graves no funcionamento dos hospitais e unidades da rede de cuidados primários e nas condições laborais dos médicos e restantes profissionais de saúde”.

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