Coimbra
Movimento de Apoio às Vítimas dos Incêndios quer mais serviços públicos nos territórios afetados
O Movimento Associativo de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões (MAAVIM) defendeu hoje mais serviços públicos nos territórios afetados pelos fogos de outubro de 2017, considerando que, nove meses depois, muito está ainda por fazer.
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As zonas afetadas pelos grandes fogos de 2017 precisam de “hospitais e centros de saúde, politécnicos com cursos aplicáveis no território, tribunais, serviços públicos abertos, emprego e, sobretudo, condições” para um país justo que acolha imigrantes, sem abandonar “os que já cá estão”, advogou hoje o MAAVIM, num comunicado enviado à agência Lusa.
Num balanço dos nove meses após os incêndios de outubro, o movimento de Midões (concelho de Tábua, distrito de Coimbra) considera que muito está por fazer em territórios caracterizados por terem poucos serviços públicos, dificuldades nas acessibilidades, deficiência nos transportes públicos ou na cobertura de comunicações.
“Não podemos esperar por medidas que não saem do papel”, criticou.
O movimento alega que a maioria das casas afetadas pelos incêndios de outubro está por reconstruir, as infraestruturas e património danificados “não foram ainda alvo de preocupação”, grande parte da indústria ainda não tem os projetos de apoio aprovados e há vários agricultores que ficaram de fora das ajudas ao setor primário atingido pelos fogos.
O movimento realça, ainda, a importância de se apoiar a população imigrante que vive nos concelhos afetados pelos incêndios de outubro e que tinham levado “vida a muitas aldeias já envelhecidas e desertas”.
“É preciso tratar de toda esta gente, para que restabeleçam as suas vidas, para sim, depois, passar-se aos verdadeiros apoios ao interior que se perspetivam que saiam do papel”, refere o movimento, no comunicado que também será entregue hoje ao secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, que visita a região.
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