Coimbra

Diretores clínicos do IPO de Coimbra rejeitam substituição dos administradores

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 06-06-2018

 

 A eventual substituição dos administradores do IPO de Coimbra implica “uma rutura e um recomeço indesejáveis”, alertaram hoje os diretores clínicos da instituição de saúde.

Tendo “tomado conhecimento que está em curso a substituição do conselho de administração” da unidade regional do Instituto Português de Oncologia (IPO), atualmente presidido por Carlos Santos, aqueles responsáveis manifestam “enorme preocupação” com esta mudança, “que parece ter subjacente uma eventual interpretação legislativa”.

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Numa nota enviada hoje à agência Lusa, os diretores clínicos retomam as preocupações e os argumentos de uma carta enviada, há duas semanas, ao ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e à presidente da Administração Regional do Centro, Rosa Reis Marques, à qual ainda obtiveram resposta.

“A nomeação de um outro presidente, independentemente das suas características, implica uma rutura e um recomeço indesejáveis, que pode comprometer todas as expectativas que os profissionais acalentaram durante anos, que admitem merecer pelos resultados obtidos e que querem ver cumpridas”, afirmam.

Alegam que uma tal decisão “frustra ainda as legítimas expectativas dos doentes oncológicos tratados e seguidos” no hospital.

“O momento para tal substituição carece de oportunidade e expõe doentes e instituição a uma grande fragilidade, uma vez que se perspetiva, a curto prazo, uma transformação estrutural, relacionada com o plano de investimentos aprovado, e que implica transformações organizacionais impactantes na atividade clínica”, alertam os diretores.

Na sua opinião, o IPO de Coimbra necessita de “um gestor com o perfil que mais se adequa à realidade institucional” e que, para os presentes numa reunião realizada no dia 22 de maio, “é o atual presidente” da administração, Carlos Santos, que recentemente sucedeu a Manuel António, que durante décadas liderou a instituição de saúde.

“O atrás exposto é o sentir de toda a comunidade hospitalar e de todos os setores profissionais, sem exceção”, sublinham na carta enviada ao ministro da saúde e agora divulgada.

Para esses diretores do IPO de Coimbra, “só com profissionais motivados pode o Serviço Nacional de Saúde cumprir a sua nobre função, (…) todos os dias ameaçada”.

Um dos promotores da iniciativa disse à Lusa que os diretores dos serviços não clínicos e as chefias de enfermagem “enviaram documento com o mesmo teor” ao ministro Adalberto Campos Fernandes.

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