A presidente da Câmara Municipal de Cantanhede reuniu hoje, 28 de maio, com representantes do PEV – Partido Ecologista Os Verdes, entre os quais a deputada Heloísa Apolónia, com quem analisou as situações de descargas de águas residuais que têm ocorrido no “Intercetor Sul” da Águas do Centro Litoral (AdCL), na zona das Cochadas.
No encontro realizado a pedido da força política participaram também o vice-presidente da autarquia, Pedro Cardoso, o vereador com o pelouro do Ambiente, Adérito Machado, o presidente da Junta de Freguesia da Tocha, Fernando Pais Alves, e o presidente do Conselho de Administração da Inova-EM, Idalécio Oliveira.
Na ocasião, Helena Teodósio deu a conhecer os contornos das insistentes diligências que, juntamente com o presidente da Câmara Municipal de Mira, Raúl Almeida, tem efetuado junto das entidades competentes, no sentido de serem urgentemente resolvidos os problemas identificados no referido intercetor do sistema de saneamento em alta que serve a zona poente do concelho de Cantanhede e o concelho de Mira.
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A última dessas diligências foi o pedido de audiência enviado recentemente ao Ministro do Ambiente, no qual os dois autarcas referem não ter havido nenhuma evolução positiva depois de terem obtido da parte da administração da AdCL a garantia de que seriam reforçadas as medidas tendentes a mitigar as descargas. Isto na sequência da execução de uma empreitada que deveria representar um aumento da capacidade de bombagem na ordem dos 15% a 20% e que também não resolveu a situação.
Segundo Helena Teodósio e Raúl Almeida, a verdade é que “além de esse aumento de capacidade se ter revelado manifestamente insuficiente para assegurar a drenagem dos caudais durante o Inverno, eventualmente devido à entrada indevida de águas pluviais no coletor, o mais preocupante é que, depois de largos períodos sem chover, as medidas mitigadoras que a empresa se comprometeu a implementar entretanto não foram de molde a evitar a necessidade de se proceder as descargas”.
Conforme Helena Teodósio transmitiu na reunião de hoje a Heloísa Apolónia e outros representantes do PEV – Partido Ecologista Os Verdes, “é por demais evidente que, “as medidas mitigadoras implementadas pela AdCL não estão a produzir efeito”, situação que os presidentes de Câmara de Cantanhede e Mira não podem nem querem admitir “que se arraste até que seja construída a nova ETAR (Cantanhede/Mira), o que não deverá acontecer antes de, pelo menos, dois anos”.
Os autarcas alertam para a extrema gravidade das descargas de águas residuais do “Intercetor Sul” na zona das Cochadas, insistindo que “os impactos nefastos no ambiente e os efeitos na saúde pública exigem que sejam tomadas medidas urgentes”.
Por seu lado, os representantes do PEV – Partido Ecologista Os Verdes referiram que estão a auscultar vários interlocutores para acompanharem de perto “este problema ambiental que é também um problema de saúde para as populações, no sentido de intervir politicamente, quer através do grupo parlamentar, quer com outras iniciativas junto das entidades competentes, para que seja encontrada rapidamente a melhor solução”.
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