Coimbra

Francisco George diz em Coimbra que mortalidade prematura em Portugal “tem de ser corrigida”

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 28-05-2018

 

O presidente da Cruz Vermelha e antigo diretor-geral da Saúde, Francisco George, alertou hoje para o número significativo de portugueses que não chega aos 70 anos, considerando que é um problema que tem de ser corrigido.

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“Estamos perante este problema do envelhecimento, mas, antes disso, temos um problema de mortalidade prematura que tem de ser corrigida”, afirmou Francisco George, que falava durante o Congresso Internacional sobre o Envelhecimento, que decorre em Coimbra.

Francisco George salientou que o organismo do ser humano “não está preparado para ser confrontado com a pastelaria de hoje”.

“Temos os mesmos genes do Vasco da Gama”, mas hoje há produção industrial de cigarros e um consumo de açúcar excessivo, notou.

Segundo o antigo diretor-geral da Saúde, mais de 20% da população não festeja os 70 anos, realçando a quantidade de anos “potenciais de vida perdidos”, em que as causas de mortes estão sobretudo relacionadas com o cancro e doenças cardio e cérebro-vasculares.

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“Um em cada cinco portugueses não ultrapassa os 70 anos. Isto é grave. É um sinal que tem de ser corrigido”, vincou, sublinhando que é fundamental seguir conselhos há muito defendidos: mais exercício físico, alimentação equilibrada e não fumar.

Francisco George referiu ainda que o envelhecimento “não é um fenómeno novo” na sociedade, sendo que “resulta das políticas públicas que foram sendo conduzidas nos últimos 100 anos”.

“Os governantes não têm desculpa para dizer que estamos perante este problema e que não sabemos o que fazer. Sabemos é que se não fizermos nada teremos menos três milhões de portugueses, dentro de duas gerações”, alertou.

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