O secretário-geral do PS, António Costa, antecipou hoje que o próximo orçamento de Estado vai incluir medidas para que os portugueses que emigraram durante o período da crise possam regressar ao país.
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Na intervenção com que encerrou o 22.º Congresso Nacional do PS, na Batalha, distrito de Leiria, António Costa recordou o fluxo de emigração no período entre 2010 e 2015, que “so teve paralelo com a emigração dos anos de 1960”, anunciando que o governo vai tomar medidas para inverter a situação.
“O próximo orçamento de Estado vai criar condições para que os portugueses que queiram regressar o possam fazer”, sublinhou o líder socialista.
O secretário-geral do PS manifestou-se confiante que o seu partido poderá vencer pela primeira vez as eleições regionais da Madeira, num discurso em que elogiou os quadros da geração mais nova dos socialistas.
No seu discurso António Costa não detalhou a dimensão da vitória que aspira obter nas legislativas de 2019, deixando esse esclarecimento para mais tarde numa futura convenção em junho ou julho do próximo ano.
O secretário-geral do PS apontou apenas que o processo de preparação será idêntico àquele que foi seguido para as legislativas de 2015, num ciclo em que os socialistas apresentaram primeiro a Agenda para a década”, a seguir o cenário macroeconómico e, finalmente, o programa eleitoral.
“É isso que voltaremos a fazer” em relação à próxima legislatura, explicitou.
Sobre as eleições para o Parlamento Europeu, referiu que a ambição é aumentar a dimensão do triunfo por curta margem que o PS registou no ato eleitoral de 2014, então com este partido sob a liderança de António José Seguro.
Já em relação às próximas eleições regionais da Madeira, o líder socialista foi mais pormenorizado na identificação de objetivos, assumindo que acredita que o seu partido vença nessa região autónoma pela primeira vez na história da democracia portuguesa.
“Chegou a hora de termos a ambição de Governar a Região Autónoma da Madeira, provando que também ali somos capazes de uma excelente governação. O PS/Madeira pode contar com todos os socialistas do país nessa luta e quero dizer ao Paulo Cafôfo, que nos honra ter aceite o nosso candidato a presidente do Governo Regional, que vai ser ele a ganhar as eleições em nome do PS”, declarou, recebendo, de imediato, uma prolongada salva de palmas.
Perante o 22º Congresso Nacional do PS, no que respeita à geração dos mais jovens socialistas, António Costa apenas se referiu especificamente a Ana Catarina Mendes para dizer que irá propor que esta deputada continue a desempenhar as funções de secretária-geral adjunta.
António Costa também não se posicionou no debate ideológico que envolveu, entre outros, o atual secretário de Estado Pedro Nuno Santos e o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.
Mas, implicitamente, o secretário-geral do PS referiu-se a todos, independentemente das posições que cada um assumiu ao longo dos trabalhos de sábado, quando deixou um voto de confiança nesta nova geração, apesar de prevenir que não estava a pensar já em meter os papéis para a reforma.
“É muito gratificante ver que podemos olhar para o nosso futuro com uma enorme tranquilidade e satisfação. Temos uma nova geração com um enorme potencial, com uma enorme qualidade política, técnica e preparação profissional. Eles vão seguir com a bandeira do PS em punho e levá-la para a frente ao longo deste século”, afirmou.
Estas palavras foram interrompidas por uma prolongada ovação, com o secretário-geral do PS a acrescentar, somente, que as indicações que deixa a nova geração são para si, pessoalmente, “motivo de grande orgulho e satisfação”.