Coimbra

Cantanhede, Mira e Vagos criam rede de alojamento local em casas gandaresas

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 26-05-2018

 

 As Câmaras de Vagos, Mira e Cantanhede apresentam hoje o projeto de uma rede de unidades de alojamento local instaladas nas tradicionais casas gandaresas, financiado pela Linha de Apoio à Sustentabilidade do Turismo de Portugal. 

 As Câmaras de Vagos, Mira e Cantanhede apresentam hoje o projeto de uma rede de unidades de alojamento local instaladas nas tradicionais casas gandaresas, financiado pela Linha de Apoio à Sustentabilidade do Turismo de Portugal.

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Denominado ‘Gândara TourSensations’ , o projeto “tem como ambição estruturar uma rede de unidades de alojamento local ancorada nas casas gandaresas (identidade exclusiva e com marca própria), integrando-a nas ofertas turísticas da região, enquanto produto distintivo, e em complementaridade com os demais produtos turísticos da região da Gândara”.

Casa tradicional rural característica da região da Gândara (que se estende no sentido norte-sul desde as Gafanhas da ria de Aveiro até aos campos do Baixo Mondego, confinando com a Bairrada), a Casa Gandaresa é uma construção térrea de formato em “L”, com pátio fechado, telhado de duas águas e construída de adobes de areia e cal, secos ao sol. A frente da casa é formada por uma sequência janela – porta – janela e um largo portão de duas folhas, que permitia a passagem, para dentro e para fora, dos carros de bois e respetivas carradas de produtos agrícolas.

Nos últimos anos, as três autarquias têm apostado na recuperação e preservação da Casa Gandaresa, cujo revestimento de vãos de janelas e portas é feito com pedra de cantaria, originária de Ançã (Cantanhede). Em Mira, a autarquia ergueu mesmo fachadas simbólicas de diversas casas gandaresas nas freguesias.

O projeto ‘Gândara TourSensations’ é promovido pelas três autarquias do ‘coração’ da Gândara (Vagos, Mira e Cantanhede), liderado pelo município de Vagos, e com coordenação da Universidade de Aveiro.

Segundo os promotores, o projeto procura aprofundar o conhecimento sobre a cultura gandaresa e, especificamente, da Casa Gandaresa.

“Pretende-se criar a base para um processo sustentado de preservação e valorização destes ativos, conferindo-lhes novas valências e funções, no âmbito particular das atividades turísticas, capaz de mobilizar a comunidade local e dinamizar as respetivas bases económicas locais, no estrito respeito pelo caráter distintivo da arquitetura que define a Casa Gandaresa (princípio basilar no processo de intervenção física destas unidades)”, explicam.

Com um prazo de execução de 24 meses, o projeto representa um investimento de 287.500 euros, cofinanciado com 80% de valor não reembolsável pelo Turismo de Portugal.

Segundo os promotores, o ‘Gândara TourSensations’ será também uma oportunidade para “aprofundar o conhecimento sobre a cultura gandaresa”, nomeadamente através de “ações de pesquisa bibliográfica e de análise documental junto das bibliotecas nacionais de referência, dos centros de conhecimento da região (Universidades de Aveiro e de Coimbra) e das diversas bibliotecas municipais”.

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