Cidade

Cultura diz que Coimbra pode deixar de ser da UNESCO

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 18-05-2018

 A diretora regional da Cultura do Centro afirmou hoje que Coimbra pode perder a classificação como Património Mundial, por causa das pichagens que afetam monumentos e grande parte da zona classificada pela UNESCO.

A agência Lusa noticiou na segunda-feira que as pichagens na Alta de Coimbra – uma das zonas classificadas pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) – já afetam a zona exterior do criptopórtico romano, a Sé Velha e a Igreja de São Salvador, do século XII, estando presentes em toda a zona do Centro Histórico da cidade, quer em monumentos como o Museu Nacional Machado de Castro quer nas fachadas de casas particulares.

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“De todas as capitais de distrito [da região Centro], Coimbra está a ser vandalizada a um ritmo impressionante, desde os monumentos nacionais – coisa que antes não era feita – até todo o espaço classificado como Património Mundial pela UNESCO”, alertou hoje a diretora regional da Cultura do Centro, Celeste Amaro, que abordou o tema no discurso de apresentação do novo portal Cultura Centro, em Coimbra.

Segundo a responsável, “quem vier renovar a classificação [da UNESCO] vai ficar desolado e podemos, até, perder a classificação”.

“Isto não pode acontecer. Coimbra tem que dar um exemplo a todos e peço a ajuda de todos”, frisou Celeste Amaro, considerando que a preocupação com as pichagens na zona histórica da cidade é “constante”.

Para Celeste Amaro, as pichagens que se observam na Alta são “um ato de vandalismo”, recordando que a sua prática é punível pelo Código Penal.

“A zona classificada é de todos nós. Temos a responsabilidade de limpar, mas também de manter”, defendeu.

Depois de a Câmara de Coimbra ter sido confrontada pela agência Lusa para a situação, procedeu à limpeza de algumas pichagens nas paredes originais da Sé Velha, bem como à pintura da fachada do Museu Nacional Machado de Castro e das paredes brancas da Igreja de São Salvador, onde ainda são visíveis várias pichagens nas portas e pedra daquele monumento, informa a agência de notícias.

Em declarações à Lusa, o presidente do município, Manuel Machado, não descartou a possibilidade de videovigilância na Alta de Coimbra para combater as pichagens e pediu um reforço da atuação das autoridades.

Além disso, admitiu que, caso as pichagens perdurem, vai apelar ao Governo para que haja um endurecimento da legislação.

A UNESCO atribuiu a classificação de Património Mundial à Universidade de Coimbra, Alta e Sofia, em 2013.

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