Coimbra

Presidente da Escola Universitária Vasco da Gama nega acusações dos associados  

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 17-05-2018

O presidente da Escola Universitária Vasco da Gama, Coimbra, recusou hoje que o acervo de 25 mil livros alegadamente doado de forma ilegal à Universidade Lusíada seja fundamental para novos ciclos de estudo, como defendeu um conjunto de associados.

Associados da Escola Universitária Vasco da Gama denunciaram ao Ministério Público (MP) a doação ilegal de 25 mil livros de arquitetura daquela instituição à Universidade Lusíada, à revelia da assembleia geral.

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Na sequência da doação dos livros, um conjunto de associados apresentou o pedido de destituição do presidente da direção da Escola Universitária, Luiz Vilar, que foi aprovada no final de 2017.

“Criou todo o tipo de entraves para a feitura da ata [da assembleia geral em que é destituído]. Esperamos agora que, dentro de uma semana, a ata seja assinada”, referiu à Lusa um dos membros da associação, na segunda-feira.

Na participação ao Departamento de Investigação e Ação Penal de Coimbra, a que a agência Lusa teve acesso, seis associados da Associação Cognitária Vasco da Gama, responsável pela Escola Universitária Vasco da Gama (EUVG), denunciam a doação de 25 mil livros de arquitetura e arquitetura paisagista à Universidade Lusíada, por decisão do presidente da instituição, Luiz Vilar, referindo que este não levou o assunto à assembleia geral.

Hoje, em comunicado, Vilar diz que, a “bem da verdade e na salvaguarda do bom nome da Associação Cognitária Vasco da Gama (ACVG), da EUVG, da Fundação Minerva e da Universidade Lusíada”, importa esclarecer que “só a enorme ignorância da ‘fonte’, pode pensar que, no atual quadro legal, um acervo bibliográfico é fundamental para Novos Ciclos de Estudo. Outrossim, a Biblioteca da Internet, nomeadamente a B-ON, reconhecida pela Tutela e pela Fundação da Ciência e Tecnologia”.

O dirigente diz ainda que “só a ignorância e má-fé da referida ‘fonte’ desconhece que o assunto foi votado por unanimidade dos presentes em reunião de direção e também debatido com os órgãos académicos da EUVG.

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“Só a ignorância e má-fé podem ter levado a referida ‘fonte’ a pensar em queixas judiciais, sendo que a direção desconhece qualquer procedimento a esse respeito. Até ter saído esta notícia pautei a minha conduta pelo silêncio, sempre a pensar nos superiores interesses dos alunos, dos professores e restantes colaboradores”, diz ainda Luiz Vilar.

Este responsável acrescenta que todas as ações por si praticadas na direção da ACVG, “designadamente na parceria mantida/celebrada com a Universidade Lusíada, foram sempre considerando os melhores interesses da Associação” que dirigiu e dirige.

“Dito isto, resta-me condenar a ociosidade, a ignorância e a mediocridade da referida ‘fonte’ e, de alguma forma, a leviandade de quem, sem estudar os assuntos, a divulgou. Por agora, repito, por agora, e porque apenas me move a salvaguarda dos superiores interesses da ACVG/EUVG, quedo-me por aqui. Mas que, não restem quaisquer dúvidas sobre outras ações em curso e outras que se lhes poderão seguir. A ignorância e ociosidade são irmãs gémeas da mediocridade”.

O presidente daquela instituição reconhece ainda gratidão ao presidente do Conselho de Administração da Fundação Minerva, João Redondo, “que em momentos difíceis para a ACVG/EUVG teve papel determinante para sua continuidade”, pedindo as “sinceras desculpas pela evidente mediocridade da notícia”.

Questionado pela Lusa dia antes da divulgação da notícia, Luiz Vilar recusou-se comentar e disse ainda não ter sido notificado pelo Ministério Público.

“Estou a saber por si que há queixa”, respondeu.

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