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“Esta é a primeira revolução industrial em que país parte sem desvantagem”

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 09-05-2018

 O líder do PS, António Costa, afirmou hoje que Portugal parte pela primeira vez para uma revolução industrial “sem nenhum dos inconvenientes” das anteriores, acreditando que a educação é a chave para conquistar a oportunidade da digitalização.

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“Esta revolução do digital é a primeira revolução industrial para a qual Portugal parte com todas as vantagens e sem nenhum dos inconvenientes que se colocavam nas anteriores revoluções industriais”, afirmou António Costa, que falava durante uma sessão com militantes em Coimbra, no âmbito da sua recandidatura à liderança do partido, em que apresentou a sua moção “Geração 20/30”, hoje centrando-se no eixo da revolução digital.

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Se nas anteriores revoluções, o país não tinha recursos naturais, recursos energéticos ou uma posição geográfica favorável, na era da digitalização nenhum desses fatores “são desvantagens”, notou.

“Temos uma enorme vantagem competitiva. Esta revolução surge na mesma altura em que o país tem, pela primeira vez, uma geração suficientemente preparada para podermos aproveitar todo este potencial que esta revolução industrial oferece”, frisou António Costa, considerando que é preciso olhar para o desafio “como uma oportunidade”.

No entanto, o desafio tem de ser encarado sem se esquecer aqueles que desempenham profissões que poderão desaparecer ou aqueles cujos trabalhos vão precisar de uma grande alteração do perfil de formação, sublinhou.

Nesse sentido, referiu o secretário-geral socialista, será “absolutamente essencial” que a aposta na educação e formação “ao longo da vida” seja uma prioridade no futuro, por forma a garantir que o progresso tecnológico chega a cada um, tenha “dez, cinquenta, sessenta anos ou mais”.

Segundo António Costa, é preciso garantir uma educação flexível e uma escola que permita às pessoas adaptarem-se a empregos que apenas vão existir no futuro, bem como um investimento na inovação e no conhecimento.

“Temos que pôr a educação no centro das prioridades das nossa políticas”, defendeu.

Por isso, considera que “tão ou mais importante que o bom resultado” das finanças públicas “é o facto de, pelo segundo ano consecutivo, o número de jovens no ensino superior ter voltado a aumentar em Portugal”.

Num discurso que durou cerca de 30 minutos, António Costa reafirmou a necessidade de se ter uma sociedade competitiva não por salários baixos ou poucos direitos laborais, mas por um aumento do investimento na formação e na produção de conhecimento e inovação.

“Temos de erradicar a precariedade”, vincou.

As eleições diretas para o cargo de secretário-geral do PS decorrem esta sexta-feira e sábado, seguindo-se, de 25 a 27 deste mês, na Batalha (Leiria), o 22.º Congresso Nacional do partido.

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