Coimbra
IP3: Quando vão começar e quanto custam as obras?
As direções regionais do PCP de Coimbra e Viseu consideraram hoje que a requalificação do IP3 anunciada recentemente pelo Governo carece do estabelecimento de datas, definição de verbas e de prazos para a execução das obras.
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Em comunicado conjunto, as duas estruturas comunistas alertam para o facto de “apenas se tratar de um anúncio, lembrando que, historicamente, os sucessivos governos se habituaram a não cumprir, no que concerne ao IP3 e aos demais compromissos assumidos perante a região e o país”.
“A direção regional de Coimbra e de Viseu apelam, por isso, à continuação da luta das populações, exigindo por parte do Governo uma calendarização precisa para a intervenção no IP3, com a devida disponibilização de verbas para o urgente início das obras necessárias”, refere a nota.
Os comunistas destacam a luta das populações, em particular da Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3, “que desenvolveu um conjunto significativo de ações de impacto público, chamando a atenção para o elevado estado de degradação daquela que é a estrada com maior carga de trânsito na região Centro, de automóveis ligeiros e de pesados, e que continua a ter níveis de sinistralidade mais elevados”.
“Várias vezes foram anunciados apenas 2,5 milhões de euros para realização de obras, sempre adiadas, que mal davam para reforçar a estabilidade dos taludes de aterro nos concelhos de Coimbra e Penacova, verba que era claramente insuficiente para dar resposta à intervenção profunda e estrutural, para melhorar a acessibilidade, garantir a segurança e reduzir drasticamente a sinistralidade rodoviária no IP3”, lê-se no comunicado.
As duas estruturas sublinham ainda o papel da intervenção do PCP ao longo dos anos em torno da exigência de requalificação do IP3, destacando nesse conjunto de ações a apresentação, em abril, de um Projeto de Resolução na Assembleia da República, no qual propõe “a requalificação e alargamento, a sua manutenção sem portagens e em condições de segurança”.
O PCP reitera a urgência da intervenção no IP3 e manifesta o seu apoio aos movimentos de utentes, empresários, autarcas e populações por uma requalificação que duplique a via de circulação, com separador central e sem portagens.
A requalificação do Itinerário Principal 3 (IP3), entre Viseu e Coimbra, deverá durar três a quatro anos, afirmou na sexta-feira o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, sublinhando que o tempo de viagem vai ser reduzido em um terço.
A primeira intervenção, que já conta com projeto e avaliação de impacto ambiental, deverá arrancar em 2019, entre o nó de Penacova e o nó da Lagoa Azul, que abrange a zona mais crítica do IP3, na zona da Livraria do Mondego, disse Pedro Marques, que falava aos jornalistas após uma apresentação à porta fechada do projeto aos autarcas da Comunidade Intermunicipal (CIM) de Viseu, Dão e Lafões.
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