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Somos um país de play-offs
A seleção portuguesa de futebol ainda pode conseguir terça-feira, na receção ao Luxemburgo, o apuramento direto para o Mundial de 2014 e também corre o risco de ser afastada, mas tudo indica que rumará aos “play-offs”.
Um empate na receção aos luxemburgueses, em Coimbra, chega para a seleção das “quinas” garantir que será uma das oito melhores segundas – apenas o pior segundo dos nove agrupamentos fica de fora -, pelo que a tarefa parece tudo menos complicada.
Mesmo se Cristiano Ronaldo, que se “auto excluiu” do jogo, tal como Pepe, juntando-se a outros indisponíveis, casos dos lesionados João Pereira, Bruno Alves e Raul Meireles, Portugal não deve ter problemas para acabar o Grupo F a pontuar.
Os comandados de Paulo Bento são, aliás, incontestáveis favoritos ao triunfo, que, no entanto, dificilmente valerá o apuramento direto, depois de uma fase de qualificação muito irregular, com três empates e uma derrota.
Para garantir na terça-feira que mantém o pleno de apuramentos para grandes competições desde 2000, Portugal não tem só de ganhar, mas esperar que a Rússia perca no Azerbaijão e ainda recuperar uma desvantagem de sete golos.
Após nove jogos, os russos lideram com 21 pontos e um saldo favorável de 15 golos (19-4), enquanto Portugal, que já assegurou o segundo posto na sexta-feira, com o 1-1 na receção a Israel, contabiliza 18 pontos e “mais” oito tentos (17-9).
As possibilidades de apuramento direto são, assim, muito escassas, mas, ainda assim, muitíssimo maiores do que as de Portugal acabar como o pior segundo classificado.
Para isso, o conjunto luso teria de cometer a “enorme proeza” de perder em casa com o Luxemburgo e ainda que acontecessem mais uma série de resultados “impossíveis”, como a vitória da Arménia em Itália ou um empate ou vitória de Malta na Dinamarca.
Desta forma, Portugal está “condenado”, como nas duas anteriores qualificações (Mundial de 2010 e Europeu de 2012), a disputar um “play-off”, no qual poderá ter pela frente, por exemplo, a França, que Cristiano Ronaldo já disse não desejar.
Mas, antes de pensar nos “play-offs”, a 11 e 15 de novembro, a seleção lusa tem, primeiro, a obrigação de golear o Luxemburgo, a única forma de poder ainda chegar diretamente ao Mundial que o Brasil vai acolher de 12 de junho a 13 de julho.
Em relação ao embate com Israel, Paulo Bento não pode contar com Pepe e Cristiano Ronaldo, que “forçaram” amarelos face aos israelitas, mas já tem ao seu dispor Fábio Coentrão e Hélder Postiga, após cumprirem castigo no jogo de Alvalade.
Quanto ao “onze”, Luís Neto poderá alinhar ao lado de Ricardo Costa, no centro da defesa, com André Almeida (ou Cedric) e Fábio Coentrão nas laterais, mantendo-se Rui Patrício na baliza, apesar do erro que custou o empate face aos israelitas.
Por seu lado, Miguel Veloso, João Moutinho e Ruben Micael deverão continuar no meio-campo, enquanto o ataque sofrerá, em princípio, duas alterações, com Varela em vez de Ronaldo e Postiga por Hugo Almeida, mais a manutenção de Nani.
O encontro entre as seleções principais de Portugal e do Luxemburgo realiza-se na terça-feira, pelas 18:00, no Estádio Cidade de Coimbra.
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