Coimbra

Governante diz que “excessiva centralização” de psiquiatras em Lisboa, Porto e Coimbra é um problema

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 10-10-2013

O secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, afirmou hoje que “o primeiro problema” relacionado com a psiquiatria em Portugal é a “excessiva centralização” de psiquiatras em Lisboa, Porto e Coimbra.

Fernando Leal da Costa, que falava aos jornalistas no âmbito do Dia Mundial da Saúde Mental, hoje comemorado no Porto, defendeu a descentralização dos médicos psiquiatras.

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“Reconheço que um dos centros que mais me preocupa é o serviço de psiquiatria do Hospital de Beja, que é excelente, [mas] onde temos tido dificuldade em colocar psiquiatras que queiram permanecer no serviço”, disse.

Segundo o secretário de Estado, esta centralização nas três grandes cidades é historicamente compreensível, uma vez que era em Lisboa, no Porto e em Coimbra que “estavam centrados os principais hospitais psiquiátricos”.

Leal da Costa disse, contudo, estar “também certo de que com a abertura de novos hospitais e com a formação de novos internos, as pessoas saberão encontrar as melhores oportunidades profissionais e que o melhor da medicina não se faz necessariamente em Lisboa, Porto e Coimbra”.

O governante identificou ainda como a “principal lacuna” na área da saúde mental “uma escassez de desenvolvimento na área dos cuidados continuados”.

“Naquilo que consideramos ser fundamental falta-nos, neste momento, a capacidade de completar com unidades de cuidados continuados o processo de desinstitucionalização”, disse.

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Para Leal da Costa, depois do encerramento de alguns hospitais psiquiátricos, “falta ainda passar de uma forma mais generalizada ao terreno”, bem como “alargar experiências” que permitam a integração das pessoas com perturbações mentais na sua vida familiar e sociedade.

No seu discurso, o secretário de Estado frisou que “é importante que o bem-estar mental seja sempre considerado”, uma vez que “não há saúde sem saúde mental”.

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