Baixa de Coimbra tem projeto para acolher indústrias culturais
A Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC) vai lançar um concurso para apoiar a instalação de 20 empresas da área das indústrias culturais e criativas no centro histórico, afirmou hoje o presidente Vítor Marques.
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O projeto, com um orçamento de 300 mil euros, deverá avançar a breve trecho para o terreno, estando atualmente a ser preparado o caderno de encargos para o lançamento do concurso de ideias, disse hoje o presidente da APBC, Vítor Marques, que falava aos jornalistas no final de um encontro de comerciantes que decorreu hoje no Salão Brazil.
Até dezembro as empresas têm de estar instaladas na Baixa de Coimbra, sublinhou, referindo que o projeto é apoiado por fundos comunitários.
O dinheiro será investido nas bolsas para as empresas se instalarem na Baixa de Coimbra, acrescentou Vítor Marques.
A ideia, explicou, “não é só dar mais dinâmica, mas ter um setor de atividade diferente que está a crescer, que é importante”, na Baixa de Coimbra, podendo esta passar a ter “novas empresas, novos clientes e novos consumidores”.
Com isso, quer-se criar nesta zona da cidade “um novo ciclo”, frisou Vítor Marques, aclarando que o projeto conta com uma parceria com a associação Startup Incubation Network, sediada em Coimbra.
Durante o encontro de quase 40 comerciantes, Vítor Marques mostrou-se apreensivo relativamente às lojas que estão a encerrar no centro histórico, tendo sido também debatidas atividades para este ano, estando pensadas noites temáticas, marchas populares ou um concurso de fotografia.
O presidente da APBC referiu ainda que, após “várias reuniões”, conclui-se que a instalação de uma guarda de honra em frente à Igreja de Santa Cruz (onde estão os restos mortais de D. Afonso Henriques e D. Sancho I) seria de difícil execução face aos custos “brutais para o Exército”.
Nesse sentido, Vítor Marques propôs a instalação de um lampadário, à imagem daquele que existe no Mosteiro da Batalha e que foi “construído por um grande artista do ferro de Coimbra, Lourenço Chaves Almeida”.
A Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra tem sobrevivido graças ao apoio da Câmara Municipal de Coimbra (CMC).
No entanto, comerciantes presentes no Salão Brazil criticaram a postura da município, acusando a câmara de não promover, limpar e iluminar esta área de Coimbra.
A CMC, mentora, associada e praticamente a única fonte de receita da APBC, não se fez representar no encontro que durou cerca de duas horas e meia, ausência que não agradou aos comerciantes.
A APBC tem apenas 70 associados, que pagam, quando pagam, apenas 10 euros por mês, pelo que as actividades que desenvolve dependem do apoio municipal, que no último ano foi superior a 50 000,00 euros.
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