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Novo livro sobre irmã Lúcia revela excertos do seu diário nunca publicado
O livro “Um caminho sob o olhar de Maria”, da autoria das religiosas Carmelitas de Santa Teresa, apresentado hoje em Coimbra, publica excertos inéditos do diário da irmã Lúcia, obra que nunca foi editada.
O livro, para além de conter partes das memórias já publicadas, tem, na sua segunda metade, vários “documentos inéditos”, nomeadamente excertos do diário da religiosa, intitulado “O meu caminho”, que procuram dar a conhecer, “em profundidade, a irmã Lúcia e também a sua fé”, explicou o bispo de Coimbra, Vergílio Antunes, à margem da apresentação da obra, que decorreu no Memorial da Irmã Lúcia.
Vergílio Antunes afirmou que já se “conhecia bem a fase das aparições, mas pouco se sabia da vida adulta da irmã Lúcia”, contando à agência Lusa que foi revelada apenas uma parte do diário, que até então estava guardado no Carmelo, em que a religiosa entrou para a clausura em 1946.
O manuscrito autobiográfico, que começou a ser escrito na década de 1940, tem “muitos milhares de páginas”, a maior parte escrita à mão, e poderá “dar lugar a muitos mais documentos”, avançou o bispo de Coimbra.
“É a primeira vez que se citam palavras do diário”, frisou Aníbal Castelhano, vice-postulador da causa da beatificação da irmã Lúcia, considerando que o diário foca-se “em memórias” e que se torna “fundamental para compreender a sua vida e a mensagem de Fátima”.
O livro traz um “novo olhar” sobre a vida da religiosa, assim como uma perspetiva “mais intimista” que as memórias escritas entre 1935 e 1941, escritas a pedido do Bispo de Leiria da altura, evidenciou Aníbal Castelhano, contando que a nova publicação dá também a conhecer uma “parte humorística” da irmã Lúcia.
Na obra estão também presentes mais de 250 fotografias, a maior parte delas inéditas, interrogatórios oficiais e particulares, poemas, algumas cartas e orações, assim como histórias e conversas que as religiosas Carmelitas tiveram com a irmã Lúcia.
“Neste livro vê-se a reflexão da irmã Lúcia, e põe à luz a sua intimidade espiritual”, concluiu Aníbal Castelhano.
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