Desporto
Académica sem apoio e sem equipa caminha para o abismo
O Rio Ave venceu sexta-feira a Académica por 1-0, no jogo inaugural da sétima jornada da I Liga de futebol, disputado no Estádio Cidade de Coimbra.
Depois de uma igualdade sem golos no final da primeira metade, valeu aos vila-condenses um golo na própria baliza de Ferreira, a apenas 10 minutos do termo do encontro.
Com este triunfo, o Rio Ave ascende ao sétimo lugar da prova com 10 pontos, enquanto a Académica mantém o 14.º posto com cinco pontos.
A “Briosa” dominou grande parte do encontro, mas, a 10 minutos do final, foi traída por um lance infeliz do jogador brasileiro, que ao tentar cortar um cruzamento da esquerda acabou por introduzir a bola na própria baliza para desespero do guarda-redes Ricardo.
A equipa de Sérgio Conceição, que ainda só venceu uma vez nesta época, até começou bem o encontro, com várias oportunidades, mas mais uma vez falhou no capítulo da finalização.
Logo no primeiro minuto de jogo, Djavan atirou de cabeça à trave da baliza defendida por Salin, após uma falta cobrada por Diogo Valente para a área adversária.
A equipa da casa reclamou grande penalidade aos 19 minutos, mas o árbitro Bruno Paixão não entendeu que Marcelo cortou com a mão um cruzamento de Djavan.
O Rio Ave respondeu aos 21 minutos por Diego Lopes, que aproveitou uma falha do central Aníbal Capela para se isolar, mas o remate saiu à figura do guarda-redes Ricardo.
A Académica voltou a criar perigo aos 25 minutos, num lance em que Diogo Valente não aproveitou uma saída em falso de Salin e cabeceou ao lado, após um bom cruzamento de Marcelo Goiano.
Os “estudantes” continuaram a ser mais perigosos e, à passagem da meia-hora, um “disparo” de fora de área de Diogo Valente quase inaugurava o marcador, mas a bola saiu a rasar o poste da baliza do guarda-redes adversário.
No início da segunda parte, aos 49 minutos, a Académica voltou a reclamar grande penalidade, considerando que Djavan foi afastado de chegar à bola por Marcelo.
Aos 55 minutos, Fernando Alexandre teve o golo na cabeça, mas a bola saiu ao lado, após cruzamento de Marinho.
Os vila-condenses responderam aos 62 minutos, com Ukra a permitir a intervenção de Ricardo depois de um remate rasteiro, tendo o mesmo Ukra, dois minutos depois, cruzado para a área, onde Tarantini, mais rápido do que os defesas academistas, cabeceou à barra.
Nesta fase, o Rio Ave estava mais atrevido e, aos 76 minutos, após um excelente cruzamento de Ukra para a área, Tarantini atirou para fora quando estava sozinho e numa boa posição para abrir o ativo.
O momento do jogo surgiu aos 80 minutos, quando Ferreira tentou afastar um cruzamento do Rio Ave e introduziu a bola na própria baliza.
Até ao final, a Académica foi incapaz de voltar a incomodar o guarda-redes da formação de Vila do Conde, que se limitou a gerir o resultado.
Jogo no Estádio Cidade de Coimbra.
Académica – Rio Ave, 0-1.
Ao intervalo: 0-0.
Marcador:
0-1, Ferreira, 80 minutos (própria baliza).
Equipas:
– Académica: Ricardo, Marcelo, Aníbal Capela, Ferreira (Manoel, 85), Djavan, Fernando Alexandre, Makelele, Cleyton (Ogu, 80), Marinho, Buval e Diogo Valente (Abdi, 68).
(Suplentes: Peiser, Manoel, João Real, Abdi, Marcos Paulo, Nuno Piloto e Ogu).
Treinador: Sérgio Conceição.
– Rio Ave: Salin, Lionn (Wakaso, 38), Marcelo, Rodriguez (André Vilas Boas, 11), Edimar, Ukra, Roderick, Tarantini, Braga, Diego e Hassan (Del Valle, 84).
(Suplentes: Ederson, André Vilas Boas, Tiago Pinto, Sandro Lima, Del Valle, Wakaso e Renato Santos).
Treinador: Nuno Espírito Santo.
Árbitro: Bruno Paixão (Setúbal).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Fernando Alexandre (08), Diogo Valente (37), Roderick (38), Marcelo Goiano (45), Ukra (50), Marcelo (52), Diego (61), Wakaso (65), Del Valle (89) e Makelele (90+01).
Assistência: 2.345 espetadores.
Declarações dos treinadores da Académica e do Rio Ave, após o jogo da sétima jornada da I Liga de futebol, que terminou com a vitória da equipa vila-condense por 1-0:
Sérgio Conceição (treinador da Académica): “Tirando o jogo com o Sporting, até agora não fomos inferiores em nada a nenhum dos nossos adversários.
Falta-nos um pouquinho de sorte para fazer golos, que é o mais importante.
Criámos oportunidades que, aos 20 minutos, se estivesse 2-0 ninguém acharia estranho.
Na primeira parte, o Rio Ave apenas teve uma oportunidade de golo, num desentendimento entre dois jogadores nossos.
Na segunda parte, é normal uma quebra para a parte final do jogo.
Sofremos um autogolo e nos últimos 10 minutos é difícil aos jogadores darem uma resposta positiva”.
Nuno Espírito Santo (treinador do Rio Ave): “Foi uma primeira parte equilibrada. A Académica esteve agressiva e teve oportunidades, mas nós estabilizámos e também tivemos ocasiões.
Na segunda parte, sentimos que estávamos perto do golo, apesar das alterações forçadas que tivemos de fazer.
Nunca senti que o empate seria bom para nós. O lance do golo acabou por ser um momento infeliz do jogador da Académica.
A equipa não desistiu e acho que a vitória nos fica bem”.
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