Ana Abrunhosa diz que pode ter de ser feito concurso internacional para reabilitar casas que arderam

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 18-12-2017

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) admitiu hoje fazer um concurso internacional para reconstruir casas afetadas elos incêndios de 15 de outubro, por eventual falta de capacidade de construção civil nacional.

ana abrunhosa

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“Teremos que fazer eventualmente concursos internacionais para a escolha de consórcios ou para a escolha de empresas porque não sei se o mercado local será suficiente”, disse a presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, que falava aos jornalistas em Tondela, onde foi celebrado o primeiro protocolo de colaboração para a reconstrução de casas afetadas pelos fogos.

A responsável explicou que neste momento estão a ser desenhados consórcios para cada um dos concelhos em que há muitas casas de habitação permanente afetadas, tendo tido ofertas de empresas nesse sentido.

A CCDRC avalia a saúde e capacidade financeira das empresas, que depois integram um consórcio que também englobe empresas locais, indicadas pelas autarquias afetadas pelos fogos de 15 e 16 de outubro, como está a acontecer em Tondela.

“No município onde já haja empresas, o que é preciso é uma empresa que coordene as existes. É mais fácil. Mas um município onde não há empresas de construção, estas têm que ser de fora e aí teremos de fazer propostas” e consultar pelo menos três empresas que estejam disponíveis para liderar o consórcio, explicou.

Questionada pela agência Lusa, a presidente da Comissão de Coordenação explicou que, caso não haja entidades nacionais disponíveis para liderar as empreitadas, a CCDRC pode “ter que fazer, eventualmente, um concurso internacional”, visto que não podem ser sobrecarregadas sempre as mesmas empresas.

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“Estamos a falar de uma tarefa muito grande, com muitas etapas”, frisou Ana Abrunhosa.

De acordo com a presidente da CCDRC, concelhos como a Pampilhosa da Serra, Arganil, Santa Comba Dão, Oliveira do Hospital e Tondela terão de funcionar segundo um esquema de consórcio, face às “dezenas e dezenas de casas” que têm de ser reconstruídas.

A figura do consórcio permite “não se ficar dependente de uma única empresa”, existindo uma que consiga coordenar a obra, os recursos humanos disponíveis e a compra de materiais necessários, explanou.

Ana Abrunhosa sublinhou que tem como ambição conseguir todas as casas de habitação permanente reconstruídas em 2018.

“Temos que ter essa ambição”, notou, vincando, ao mesmo tempo, que este é um processo complexo e que demora o seu tempo, até porque há um envolvimento das famílias na reconstrução, discutindo os materiais a utilizar e o projeto de arquitetura.

“A ambição é construir casas para as famílias viverem. Têm que gostar da casa”, sublinhou.

Durante a cerimónia de assinatura do protocolo com a Câmara de Tondela, o secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson de Souza, afirmou que a reconstrução será um “trabalho de filigrana”, que vai requerer “proximidade, coordenação e planeamento”.

O processo, salientou, é um desafio para “todos”, sendo necessário responder às necessidades das pessoas, ao mesmo tempo que se garante eficácia e celeridade nas obras de reconstrução.

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