Trabalhadores da hotelaria exigem mais descanso e melhores salários

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 17-11-2017

No momento em que na cidade de Coimbra se realiza o Congresso da Associação de Hotelaria de Portugal, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria  de Hotelaria,Turismo, Restaurantes e Similares do Centro, lamenta que não tenha sido convidado para o evento.

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“Como já era esperado,  a organização não convidou a participar os representantes dos trabalhadores, a Direcção do Sindicato de Hotelaria do Centro” lamanta o sindicato que “não podia deixar de tecer alguns comentários, sobre a situação de completo bloqueamento negocial que esta estrutura patronal AHP, de que são associadas as maiores cadeias de Hotéis, nacionais e internacionais, que certamente estão aqui representadas, tem efectuado no decurso de sucessivas reuniões directas entre as partes, e mais recentemente em sede de Ministério do Trabalho, em conciliação”.

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria  de Hotelaria,Turismo, Restaurantes e Similares do Centro considera que a “postura da AHP, ao querer reduzir o actual CCT que contem cerca de 150 cláusulas, reguladoras ao longo dos anos das relações laborais nas unidades hoteleiras, para um clausulado com apenas 22 cláusulas e remetendo o restante para o Código de Trabalho ( lei dos mínimos), tem feito com esta sua postura com que as negociações se perlonguem e assim os trabalhadores das empresas dos seus associados, não vejam melhorados os seus salários e as suas condições de vida e de trabalho”.

Em concreto a AHP, pretende deixar de pagar o trabalho em dia feriado, subsídio de turno, prémio de línguas, abono para falhas, diuturnidades, por fim ao direito à alimentação em espécie, aos dois dias de descanso semanal, impor polivalências e bancos de horas, horários concentrados de 12 horas diárias e 60 semanais sem pagar trabalho suplementar, acusado o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria  de Hotelaria,Turismo, Restaurantes e Similares do Centro

A Direcção do Sindicato e os trabalhadores do sector da hotelaria, que representamos, lamentam que estas matérias que são extremamente importantes para a vida de todos os que fazem diariamente crescer o lucro das empresas, como demonstram os resultados, já apurados e divulgados dos últimos 3 anos, os trabalhadores, esses a quem todos os dias é pedido, que abdiquem da sua conciliação profissional e familiar, não vão certamente passar pelas palavras dos oradores deste congresso”, acrescenta.

A estrutura sindical afirma ainda que “o Turismo de que o Congresso da AHP vai falar, é apenas o da vertente dos milhões para os patrões e que apenas dará tostões para os trabalhadores, esquecendo os senhores congressistas que o turismo a sua qualidade e continuidade na senda do crescimento em número de visitantes/clientes que originem mais dormidas e mais refeições, se faz todos os dias e cada vez melhor, mas que precisa de olhar para quem o executa, os trabalhadores, valorizando os seus salários, incentivo necessário para que o sector fixe os melhores e não os empurre para outros destinos turísticos fora do território nacional.

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Em comunicado enviado a NDC, a “Direcção do Sindicato de Hotelaria do Centro, apela assim a todos os congressistas, que façam uma reflexão cuidada sobre o que devem ser as relações laborais na hotelaria e façam com que a sua Associação a AHP, inverta o seu comportamento negocial errático”.

 

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