Autárquicas
Francisco Queirós recusa privatização de serviços públicos
O candidato da CDU à Câmara de Coimbra, Francisco Queirós, rejeitou hoje a eventual privatização de serviços públicos municipais na cidade e acusou o PS de ter “o mesmo discurso” dos partidos do Governo nesta matéria.
Francisco Queirós falava à agência Lusa, à margem da abertura de uma exposição evocativa do centenário do nascimento do líder histórico do PCP Álvaro Cunhal, natural de Coimbra, que faleceu em 2005, com 92 anos.
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O candidato comunista comentava declarações do seu adversário do PS, Manuel Machado, que admitiu esta semana que o projeto do metro venha a ser assumido por privados, caso o Governo não promova a conclusão das obras, iniciadas no ramal ferroviário da Lousã, em fins de 2009, e depois suspensas.
“É exatamente o discurso do PSD e do CDS”, que começam por alegar “a falta de meios” para depois avançarem com a privatização de diferentes serviços públicos, acusou.
Na sua opinião, o empreendimento “não deve ser entregue a privados coisa nenhuma” e o serviço público que era assegurado pelo Ramal da Lousã “deve ser devolvido” às populações, depois de “devidamente modernizado” em toda a extensão da ferrovia, entre Serpins e Coimbra.
Francisco Queirós defendeu uma separação do empreendimento em dois conceitos diferentes, retomando a circulação de comboios na linha centenária, reintegrada na rede ferroviária nacional.
Frisando a importância de “combater a privatização de serviços públicos” também em Coimbra, como transportes, águas e saneamento, manifestou-se recetivo à criação de um sistema de metro na cidade, opção que deve “ser articulada com todos os outros transportes públicos”, sem comprometer o regresso dos comboios ao Ramal da Lousã.
No entanto, a concretização, articulação e financiamento destes sistemas deve ser assumida pelo Estado, em colaboração com as autarquias, que, no caso de Coimbra, detêm já os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos (SMTUC), preconizou.
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