É público que o povo não quer falar na Câmara
É público que as reuniões do executivo municipal de Coimbra passaram a ser públicas. Acabou o tempo da quinzena sim quinzena não. No mandato 2017-21 podem aparecer todos os 15 dias. Sugestão do comunista Francisco Queirós aprovada mais ou menos por unanimidade (temos de ver as atas) pela situação e pela oposição.
Hoje, 13 de novembro, decorreu a primeira sessão aberta do executivo municipal resultante das eleições autárquicas de 1 de outubro deste ano, mas o pouco público que apareceu remeteu-se ao silêncio.
Pelos vistos ninguém do público se inscreveu (antecipadamente) para falar na hora reservada para a opinião pública, que calhava hoje, na primeira reunião quinzenal do mês.
Como o apronto não era privado, podemos contar que na assistência predominavam os reformados e aposentados, onde se destacavam opinion makers na imprensa local mais tradicional.
Nas bancadas também se sentaram dois líderes políticos, um com e outro sem vereadores no executivo municipal.
Os senhores da imobiliária e da cooperativa, que no mandato anterior apareceram mais que alguns vereadores, não quiseram perder a primeira sessão aberta.
“Aquele senhor que vem sempre, mas ninguém sabe quem é”, foi o único que ficou até ao final da reunião que terminou entre as 6 e as 7 da tarde.
Na hora de fazer contas registamos uma moldura humana com 7 populares, que, tal como os jornalistas, os eleitos e o staff tiveram direito ao seu bolinho, aguinha e cafezinho, mas isto não é para se saber, senão o povo que passa a vida nos bancos dos Paços do Concelho ainda se vai lembrar de ir lanchar à sala das sessões.
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