Luís Figueiredo apresenta disco diverso com o jazz como denominador comum

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 09-11-2017

O pianista e compositor Luís Figueiredo apresenta, no sábado, em Lisboa “Kronos/Penélope”, um disco diverso, com o jazz como denominador comum e que tem a ideia do tempo como fio condutor, descreveu o próprio à agência Lusa.

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Nos primeiros álbuns de originais, “Manhã” de 2010 e “Lab B” de 2012, Luís Figueiredo tentou “fazer coisas em que a unidade e a consistência eram a principal preocupação”.

“Desta vez o desafio foi fazer uma coisa muito diversa, mas que tivesse um fio condutor forte”, referiu o músico em declarações à agência Lusa.

Ao longo dos últimos cinco anos, Luís Figueiredo foi escrevendo “coisas diferentes e com ideias diferentes”. A dada altura percebeu “que havia ali um fio condutor, que era a ideia do tempo”.

“E achei que devia fazer um disco sobre o tempo, nas suas várias facetas, a passagem do tempo, a memória, a espera, o ciclo da vida. Depois, quando comecei a selecionar música para gravar, percebi que havia demasiado material e decidi fazer um disco duplo”, recordou.

“Kronos/Penelope” acabou por tornar-se “muito diverso”, porque tinha muitos temas “que tomavam direções diferentes, em termos de estilo e de instrumentação”.

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Fazer um disco “tão diverso”, mas “coerente para quem o ouvisse”, foi “um desafio, uma espécie de exercício de unidade dentro daquela diversidade toda”.

O disco mantém o jazz como “denominador comum”, mas tem “desde música completamente improvisada, até música completamente escrita (nesse sentido tem mais que ver com a chamada erudita), também tem coisas com caixas de ritmos, com alguma eletrónica à mistura e até um tema meio ‘country western’”.

As composições e arranjos são todos da autoria de Luís Figueiredo, à exceção de um tema do guitarrista norte-americano Bill Frisell e de uma adaptação “para a forma de canção” de um estudo de Chopin para piano.

O disco é também diverso “em termos de instrumentação”, já que tem “duos, trios, quartetos, septetos, octetos e coisas a solo”.

Nas gravações colaboraram cerca de 15 músicos e “a maior parte” estará no sábado com Luís Figueiredo no palco do Hot Clube de Portugal, na praça da Alegria, em Lisboa: Rita Maria e João Neves nas vozes, João Moreira no trompete, Desidério Lázaro no saxofone, André Conde no trombone, Ajda Zupančič no violoncelo, João Firmino na guitarra, Mário Franco no contrabaixo e Bruno Pedroso na bateria.

Luís Figueiredo, nascido em Coimbra em 1979, além dos álbuns originais, editou já uma dezena de discos, enquanto pianista ou produtor, com músicos como João Hasselberg, Luísa Sobral, Sofia Vitória, Jorge Moniz, Cristina Branco, Mário Franco e Ana Bacalhau.

O pianista e compositor tem ainda uma outra faceta, de arranjador e diretor musical, trabalho que gosta “muito de fazer” e “tem vindo a crescer ao longo dos anos”.

“Tenho algumas parcerias que já se tornaram habituais, como com a Luísa Sobral, por exemplo”, disse.

Foi no âmbito dessa parceria que Luís Figueiredo fez os arranjos do tema “Amar pelos Dois”, que Salvador Sobral interpretou no Festival Eurovisão da Canção e que valeu a Portugal a primeira vitória no concurso, em maio deste ano.

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