Bienal de arte de Coimbra começa no dia 11 de novembro

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 02-11-2017

A segunda edição do Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra começa no dia 11 de novembro, sábado. A iniciativa, produzida pelo Círculo de Artes Plásticas de Coimbra e coorganizada com a Câmara Municipal e a Universidade de Coimbra, propõe, num amplo programa, um diálogo entre a arte contemporânea e o património multisecular — em particular com o de «Coimbra – Universidade, Alta e Sofia», recentemente classificado pela UNESCO.

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A bienal decorrerá até 30 de dezembro, de terça a domingo, das 10h00 às 18h00, com entrada livre nos diversos espaços de exposição.

Com curadoria de Delfim Sardo e Luiza Teixeira de Freitas, Curar e Reparar — o tema desta edição da bienal — tenta pensar nas questões que se dirigem à máquina avariada do mundo, à fragilidade do corpo, à incerteza da economia, à necessidade de permanente compensação. A bienal, espalhada por vários espaços da cidade, foi pensada como uma única exposição, com várias estações ou capítulos, num percurso que atravessa a zona histórica da cidade e o Mondego, até Santa Clara.

No grupo de 35 artistas participantes (19 estrangeiros e 16 nacionais) estão nomes de todos os continentes, com propostas muito diferentes, utilizando os mais diversosmedia e suportes artísticos.

As obras apresentadas têm em comum o corresponderem à expressão de múltiplos entendimentos (sociais, pessoais, ambientais, arquitetónicos) sobre a nossa relação com o mundo e, também, com o outro.

Alexandre Estrela, Ângela Ferreira, Fernanda Fragateiro, Gabriela Albergaria, Gustavo Sumpta, Henrique Pavão, João Fiadeiro, João Onofre, Jonathan Uliel Saldanha, José Maçãs de Carvalho, Juan Araujo, Julião Sarmento, Lucas Arruda e Paloma Bosquê são os artistas que foram convidados a realizar propositadamente novas obras para a bienal. No conjunto dos restantes participantes (entre outros, nomes como Louise Bourgeois, Dominique Gonzalez-Foerster, Francys Alÿs, Jimmie Durham, Matt Mullican, William Kentridge, Marwa Arsanios, Ernesto de Sousa) encontram-se trabalhos apresentados que foram iniciados noutros contextos ou, então, são obras já existentes.

A bienal ocupa vários espaços, da Alta e Universidade — zona que é Património da Humanidade — ao Mosteiro de Santa Clara-a-Nova — onde toda a ala Oeste do edifício (até há poucos anos ocupada pelo Exército) foi especialmente preparada para receber o polo central desta edição do Anozero.

Mas, além dos espaços que acolhem o programa da bienal (Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, Convento São Francisco, Sala da Cidade, Museu da Ciência, Colégio das Artes, CAPC Sereia e CAPC Sede), vários outros locais são palco de iniciativas que surgem a pretexto do Anozero. Os sinos que tocarão diariamente na cidade, numa proposta do artista João Onofre, são disso um bom exemplo. A intenção de enraizar as peças nos locais da cidade, como se verificou na edição anterior, também transformará a bienal num local de observação que vai «devolver o olhar à cidade», sustentam Delfim Sardo e Luiza Teixeira de Freitas.

Além da proposta central da curadoria, ao longo das setes semanas a bienal terá a colaboração do projetoLinhas, na programação de teatro e música, e acolherá ainda um largo conjunto de outras atividades: conferências, cinema, encontros, lançamento de livros, etc.

O programa de Curar e Reparar está integrado no projeto «Lugares Património Mundial do Centro», promovido pela Turismo Centro de Portugal, e é cofinanciado pela União Europeia através do programa Centro 2020.

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