Baldios do distrito de Coimbra organizam-se em associação
Os compartes dos baldios de vários concelhos do distrito de Coimbra atingidos pelos incêndios dos últimos meses constituíram-se em associação para defender estas propriedades comunitárias, foi hoje anunciado.
A Associação Cooperação entre Baldios do Distrito de Coimbra (COBALCO) foi criada face à “necessidade sentida pelos compartes e conselhos diretivos de baldios do distrito de Coimbra de uma estrutura” que defenda a gestão comunitária destas áreas florestais.
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“Os baldios são terrenos de grande representatividade no território português, atingindo 13% da área florestal nacional. A região Centro, designadamente o distrito de Coimbra, tem uma das áreas mais importante de terrenos baldios” de Portugal, afirma a recém-criada associação em comunicado.
A COBALCO aposta na “defesa e desenvolvimento dos baldios e produtores florestais”, pretendendo ainda, em conjunto com os silvicultores, direções dos baldios, entidades públicas e privadas, “ajudar a aproveitar os recursos disponíveis para que sejam geridos da melhor maneira possível, tendo sempre em conta a preservação do meio ambiente”.
A nova entidade regional expressa “solidariedade e luto pelas vítimas mortais” dos incêndios de Pedrógão Grande e Góis, que eclodiram em 17 de junho, e daqueles que devastaram outros municípios da região Centro, no dias 15 e 16.
A direção, a assembleia geral e o conselho fiscal da associação são presididos por Olga Moura (baldio da Mata São Pedro, Coimbra), Luciano Lourenço (baldio de Goulinho, Oliveira do Hospital) e Anabela Nunes (baldio do Cabril, Pampilhosa da Serra), respetivamente.
Integram ainda a COBALCO baldios dos concelhos de Miranda do Corvo, Arganil, Góis e Figueira da Foz, todos representados nos primeiros órgãos sociais.
Na assembleia eleitoral, realizada no domingo, foi também criada a figura de assessor “para coadjuvar a direção”, cargo que passa a ser desempenhado por Isménio Oliveira.
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