Unidade de Missão para o Interior revê-se nas medidas anunciadas pelo Governo

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 23-10-2017

A Unidade de Missão para a Valorização do Interior (UMVI) disse hoje que se revê nas propostas saídas do Conselho de Ministros extraordinário e adiantou que se encontram “perfeitamente articuladas” com as respostas de emergência aplicadas em Pedrógão Grande.

“A UMVI revê-se na íntegra nas propostas apresentadas pelo Governo, que se encontram perfeitamente articuladas com a resposta de emergência praticada aquando dos incêndios de Pedrógão Grande”, disse à agência Lusa o coordenador da UMVI, João Paulo Catarino.

Este responsável realçou que considera as medidas “muito positivas na sua generalidade” e adiantou que algumas delas já integram o Programa de Revitalização do Pinhal Interior, programa esse que esteve em discussão pública até quarta-feira.

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“As medidas de resposta de emergência às populações estão em linha com a resposta dada nos incêndios de Pedrógão Grande e no âmbito das alterações ao sistema de Proteção Civil. Vão ao encontro do sugerido pelo relatório da Comissão Técnica Independente, sendo que algumas delas também já estão previstas no programa de Revitalização”, frisou.

João Paulo Catarino dá como exemplos a questão da limpeza das faixas de proteção ou a implementação de plantas de emergência para os aglomerados populacionais.

Questionado se a UMVI assumiria a coordenação interministerial da revitalização dos novos territórios atingidos pelos incêndios de dia 15, o coordenador sublinhou que se está numa fase de inventariação dos danos.

Adiantou ainda que, ao nível das respostas sociais e de saúde, estas já estão no terreno.

“Quanto às restantes respostas, o Governo irá apresentar, oportunamente, o modelo de coordenação que poderá ser, ou não, o mesmo que está a ser utilizado para Pedrógão Grande”, concluiu.

A reforma da Proteção Civil, que pretende aproximar a prevenção do combate aos incêndios e reforçar o profissionalismo, deverá passar pela entrada do Estado na rede SIRESP e por vários apoios dirigidos às populações e às zonas mais afetadas.

Estas medidas foram anunciadas no sábado pelo Governo, que se sentou à mesa para discutir, durante 11 horas, a reforma nos sistemas de prevenção e combate aos incêndios e adotar medidas de emergência de apoio às vítimas, depois dos incêndios de Pedrógão Grande (junho) e da zona Centro (15 e 16 de outubro).

A reunião extraordinária do Conselho de Ministros realizou-se no sábado na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, mas tinha sido anunciada por António Costa no dia 12, depois de a Comissão Técnica Independente nomeada pela Assembleia da República ter concluído o seu relatório sobre os incêndios de Pedrógão Grande (distrito de Leiria) e Góis (distrito de Coimbra).

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 44 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

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