“Pedrógão Grande foi uma maquete do que tivemos aqui”

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 19-10-2017

O fogo que deflagrou no domingo destruiu 54 casas no concelho de Tábua e provocou “feridos, alguns em estado grave”, disse o presidente da Câmara de Tábua, no distrito de Coimbra.

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As casas de “primeira habitação” destruídas são 54, mas o número dispara “para as centenas”, se forem contabilizadas residências de segunda habitação, casas desocupadas, anexos e barracões, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Tábua, Mário Loureiro.

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As pessoas que ficaram desalojadas estão neste momento, “essencialmente, em habitações de família”, sendo que também foi assegurada resposta por parte da Câmara, em casas e apartamentos que estavam disponíveis, informou.

O concelho tem a lamentar “três vítimas mortais”: Um casal que fugia de uma casa isolada que acabou por não arder e um homem de Midões que foi apanhado pelas chamas quando tentava proteger os seus bens, tendo falecido no hospital.

No entanto, o autarca alerta que o número poderá aumentar, referindo que se mantêm internados em Coimbra “alguns feridos em estado grave”.

A empresa Resimadeiras, ligada à área da exploração florestal e vocacionada “para as exportações”, terá tido “um prejuízo de dois milhões de euros”, tendo sido destruídos camiões, equipamentos e materiais que estavam armazenados, afirmou o presidente do município.

Há outras empresas de pequena dimensão também afetadas, bem como vários produtores agrícolas, com explorações “com um caráter empresarial”.

Centenas de cabeças de gado bovino, ovino e caprino morreram, registando-se ainda a destruição de muitas máquinas agrícolas, tratores, alfaias agrícolas e arrecadações, realçou Mário Loureiro.

Um jardim-de-infância, uma capela e “três palácios” situados na freguesia de Midões foram destruídos, sendo que algumas zonas de percursos pedestres “com uma paisagem fantástica” também arderam, notou.

“Isto foi uma coisa impensável. Nós temos todos que começar a pensar muito bem nas alterações climáticas, porque é uma realidade e nós não estávamos preparados para isso”, frisou à Lusa o presidente da Câmara de Tábua.

Para o autarca, é necessário agora ter atenção às espécies de árvores que se plantam, ao ordenamento florestal e às “construções em sítios de risco”.

“Pedrógão Grande foi uma maquete do que tivemos aqui”, resumiu.

 

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