Coimbra

Emigrantes de Newark querem apoiar bombeiros de Penacova por causa dos incêndios

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 08-09-2013

 A comunidade portuguesa em Newark, Estados Unidos da América (EUA), vai fazer em outubro uma angariação de fundos para apoiar a corporação de bombeiros de Penacova, que perdeu dois carros de combate a incêndios este verão.

Bruno Costa, presidente do Sport Clube Português, em Newark, disse hoje à agência Lusa que os emigrantes estão atentos à tragédia que assolou Portugal neste verão: os incêndios florestais.

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“Ficamos muito tristes com todas as notícias que vemos e ouvimos”, salientou.

Este verão, oito bombeiros já perderam a vida no combate às chamas e muitas corporações contabilizam prejuízos em materiais e carros de combate.

Solidários com tudo isso, os emigrantes decidiram fazer uma angariação de fundos para ajudar os bombeiros de Penacova a recuperar a perda de duas viaturas.

“Em outubro vamos fazer uma festa. As casas comerciais fazem ofertas para fazermos leilões. Todos ajudamos com um pouco”, referiu.

Bruno Costa é natural da aldeia de Agrelo, concelho de Penacova, e disse que já é normal os emigrantes em Newark ajudarem esta corporação de bombeiros.

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No entanto, por causa da quantidade de incêndios que este ano afetou Portugal, garantiu que a mobilização entre os emigrantes vai ser maior.

Bruno Costa emigrou há 17 anos para os EUA. Não pensa em regressar a Portugal, a não ser de férias, mas garante que está atento a tudo o que se passa no país natal.

A ligação à terra faz-se diariamente pelo Facebook, pelas notícias que ouvem e veem nos canais portugueses e pelo futebol, quer seja pelos clubes quer pela seleção nacional.

No próprio telemóvel, este emigrante tem uma aplicação que lhe permite ver a RTP, ouvir a rádio portuguesa.

Num país onde trabalha cerca de 50 horas por semana, Bruno diz que não entende a polémica que se instalou em Portugal por causa de mais uma hora de trabalho por semana.

“Aqui, quanto mais trabalhamos melhor e também pagamos taxas muito elevadas”, salientou.

Este emigrante refere que era necessária uma mudança de mentalidades em Portugal, para que o país pudesse, também, tornar-se mais produtivo.

“Aqui quase todos os nossos jovens, quando estão no liceu ou na universidade, querem arranjar um part-time. Lá isso não acontece”, acrescentou ainda.

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