Cidade

Erasmus património mundial antes dos estudantes chegarem?

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 07-09-2013

Os estudantes Erasmus que chegaram a Coimbra nas últimas semanas recolhem “boas primeiras impressões” da cidade, apesar das críticas à “burocracia” e à “falta de promoção” da classificação da cidade como Património Mundial.

“Soube que Coimbra foi classificada como Património Mundial da Humanidade pela primeira pessoa que conheci assim que aqui cheguei”, contou José Gómez, estudante venezuelano, que vai frequentar Engenharia Química na Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra, através do programa Erasmus Mundus.

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Apesar das primeiras impressões serem “muito positivas” e de elogiar “o ambiente internacional” de Coimbra, José Gómez considerou que “a cidade está a retirar pouco proveito da classificação atribuída pela UNESCO”, criticando também algumas partes “mais degradadas” da cidade.

Krismar Rosin, estudante de 22 anos, natural da Estónia, chegou a Coimbra na segunda semana de julho e compartilha da opinião de José Gómez, considerando que “há pouca promoção da classificação de Coimbra como Património Mundial”, criticando também a burocracia portuguesa: “é o único problema”.

O estudante de Administração Pública contou à agência Lusa que tencionava ir para Lisboa, mas, “após enviar 205 ‘emails'”, só recebeu sete respostas e um sim da Universidade de Coimbra, considerando estar “mais feliz aqui [em Coimbra] do que em Lisboa, que é uma cidade onde tudo é afastado de tudo e que não tem uma aura como esta”.

Akeju Tolutope, de 25 anos, estudante nigeriano, afirmou que a cidade “é amiga dos estudantes” e que “preserva muito bem a sua história e cultura”. Contudo, o estudante criticou a “deterioração” das infraestruturas da universidade, defendendo que “deveriam ser feitos esforços para as manter segundo os padrões internacionais”.

O estudante, que frequenta um mestrado europeu em Ecologia Aplicada na Universidade de Coimbra, apontou também críticas à “pouca divulgação sobre a classificação da UNESCO”, assim como à informação disponibilizada na internet “sobre a cidade e a sua vida e cultura”.

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“As pessoas são sempre sorridentes, adoro as ruas estreitas e íngremes e a parte velha da cidade, mas há muita burocracia na universidade”, contou Lauri Sokk, estudante da Estónia, de 21 anos, que chegou a 30 de agosto a Coimbra.

Liis Pillberg, compatriota de Lauri, também chegou a 30 de agosto, e criticou a “dificuldade em ter a papelada toda pronta”, assim como a “dificuldade em escolher os cursos” por “muita da informação só estar disponível em português”.

Os dois estudantes de Tartu, na Estónia, apesar das críticas que apontam, acreditam que “a cidade é perfeita para estudantes Erasmus”. “Adoro a universidade e a sua arquitetura única”, frisou Liis.

“Os meus colegas eslovacos já tinham estado cá e recomendaram-me Coimbra”, disse Petra Sprnadova à agência Lusa, que resume as suas duas semanas desde que chegou como tendo sido “extraordinárias”, elogiando o “sol, os edifícios antigos e as pessoas”.

A estudante de 21 anos, natural da capital da Eslováquia, Bratislava, observou que “alguns dos edifícios estão degradados”. Contudo, considera que se sente “muito bem em Coimbra”.

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